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Com números pífios, Khedira se desculpa e tenta explicar Copa “desastrosa”

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

Um dos destaques da Alemanha campeã mundial em 2014, Sami Khedira pode ser considerado um símbolo do fracasso da equipe quatro anos depois -como indica o discurso do próprio jogador. Em solo russo, o meio-campista da Juventus saiu como titular na estreia contra o México, foi barrado diante da Suécia e voltou ao time frente à Coreia do Sul, sendo substituído no segundo tempo. Num total de 118 minutos em campo, deu apenas um chute a gol e ganhou somente seis duelos defensivos.

"Isso ainda é inexplicável para mim. Quatro semanas atrás estava tudo perfeito. Joguei a melhor temporada da minha carreira em Turim, fiz nove gols e tive ótimas atuações na Liga dos Campeões. E aí acontece isso em dois jogos. É algo que eu nunca vivi em minha carreira no futebol. Tenho que me questionar como isso aconteceu. Eu e meus companheiros estamos sendo criticados com razão", afirmou Khedira, 31, ao jornal alemão "Bild".

O tamanho da frustração do volante ficou evidente em vários outros momentos da entrevista. "É insuportável que o torneio ainda tenha duas semanas e nós já estamos na Alemanha. Sinto muito pelos torcedores, que nos apoiaram imensamente. Só quero pedir desculpas", disse ele, lamentando que as férias tenham chegado bem antes do previsto. "Planejei a partir do dia 17 de julho (dois dias depois da final da Copa). Eu realmente não sei (o que vai fazer). Primeiro vou para casa em Stuttgart."

Questionado se considera se aposentar da seleção, Khedira declarou que este não é o momento de tomar a decisão. "Sou uma pessoa emocional, mas agora preciso de paz para explicar o inexplicável. Não quero decidir depois de apenas dois jogos. Como eu disse, após dois jogos tudo é ruim, mas há quatro semanas tudo era bom. Falei com os colegas e também com Joachim Löw (treinador). Temos que nos apoiar."

O jogador da Juventus ainda falou que pouco dormiu na noite seguinte à derrota por 2 a 0 para a Coreia do Sul, negou que a seleção tenha entrado no Mundial com uma espécie de "salto alto" e saiu em defesa da permanência de Löw à frente da equipe. No fim, voltou a dizer que precisa de tempo para assimilar o que aconteceu na Rússia. "Não me sinto esgotado. Claro que depois de partidas desastrosas surgem dúvidas, mas já as afastei. Só preciso de alguns dias, talvez semanas agora."

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