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Ex-assessor de Alckmin é preso por desvio de dinheiro

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Foto: Assessoria/Governo de São Paulo

Quase 10 anos depois do início de uma ação penal, o ex-tenente-coronel Cidionir Queiroz Filho foi condenado a 8 anos e seis meses de prisão pelo desvio de cerca de 113.055,13 reais da Casa Militar do Palácio dos Bandeirantes, pasta responsável, entre outras funções, pela escolta do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Queiroz foi preso na quarta-feira passada e levado ao presídio militar Romão Gomes, na Zona Norte de São Paulo. A condenação foi decidida por unanimidade em segunda instância no fim de setembro por quatro juízes da Segunda Câmara do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo após recurso do promotor Edson Corrêa Batista contra a absolvição em primeira instância.

O caso de Queiroz foi descoberto por uma auditoria da Secretaria Estadual de Fazenda de São Paulo, mas é um raro exemplo de combate ao desvio de dinheiro na caserna. A pena serve de base para a punição de réus de uma investigação recente na Polícia Militar de São Paulo, apelidada de Lava Jato da PM de SP, esquema que desviou mais de 200 milhões de reais entre 2005 e 2012 de compras da  corporação e é investigado em mais de 20 inquéritos atualmente.
 
Queiroz começou a ser investigado em dezembro de 2004, mas só virou alvo de ação penal na Justiça Militar em 17 de janeiro de 2008. A sentença demorou ainda mais: oito anos e 10 meses. Ele foi condenado em primeira instância em 31 de outubro de 2016. Antes disso, em setembro de 2005, o caso tinha sido enviado para a Justiça comum, mas voltou para o Tribunal Militar em maio de 2006.

O dinheiro foi desviado entre 2002 e 2003, quando Queiroz ocupava o cargo de diretor da divisão de finanças da Casa Militar do governo Alckmin. Da verba desviada, pelo menos 97.908 reais foram sacados de uma conta do governo pelo policial com a justificativa de que seriam utilizados para remunerar uma empresa por serviços, mas não houve comprovação dos gastos, de acordo com a promotoria. Para o Ministério Público, Queiroz se apropriou do dinheiro.
"As obras e aquisições objetos dessa documentação jamais existiram", argumenta o promotor no recurso que obteve a condenação.

No processo, a defesa de Queiroz disse que ele foi feito de "bode expiatório" e que não se apropriou de dinheiro algum. Ele foi expulso da Polícia Militar em 2008 pelos fatos descobertos na investigação.

Fonte: Elpais

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