JEREMIAS WERNEK
PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS)

O Grêmio foi condenado a indenizar o Lanús em cerca de R$ 247 mil (equivalente a 63,3 mil dólares na cotação atual) por danos materiais no estádio Nestor Díaz Perez, na grande Buenos Aires, na final da Libertadores de 2017. A decisão foi comunicada pela Conmebol, nesta segunda-feira (2), e cabe recurso.

Lanús e Grêmio se enfrentaram no estádio Ciudad de Lanús em 29 de novembro. O time gaúcho fez 2 a 1 e confirmou o título depois de fazer 1 a 0 em Porto Alegre.

À época, o Lanús reclamou de depredações no setor visitante do estádio. A Conmebol foi acionada e somente agora o Tribunal Disciplinar da entidade tomou a decisão de exigir indenização por danos materiais. De acordo com a circular divulgada, o valor será debitado da cota de direitos de transmissão e patrocínio e transferido diretamente ao clube argentino.

Em Porto Alegre, o Grêmio já iniciou processo de apelação. O departamento jurídico do clube entrou em contato com a Conmebol e solicitou os fundamentos da decisão para elaborar recurso. A diretoria contesta o valor a ser pago.

"Foram quatro banheiros danificados e esse valor é muito alto. Talvez eles tenham comprado privadas de ouro, talvez tenham importado da Arábia Saudita ou daquela região", disse Nestor Hein, diretor jurídico do Grêmio.

O Grêmio fez um acordo com o Lanús e conseguiu levar cinco mil torcedores para assistir ao jogo na grande Buenos Aires. O estádio Nestor Díaz Perez passou por ajustes e adaptações até horas antes da bola rolar. Apesar da rivalidade histórica, não houve registro de confronto entre brasileiros e argentinos.

Essa é a quarta multa imposta pela Conmebol ao Grêmio em 2018. A primeira punição foi em virtude do dossiê montado entre os dois jogos com o Lanús. As informações reclamavam da arbitragem da primeira partida com o clube argentino e foram enviadas à patrocinadores.