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"Estrogonofe porcaria" e "inglês pior que o meu", diz Joel Santana na Rússia

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

Há um mês na Rússia para acompanhar a Copa do Mundo de 2018, Joel Santana concedeu uma entrevista ao Sportv na manhã deste sábado (14) na qual deixou transparecer o cansaço pelo longo tempo afastado de casa. Em poucos minutos, o treinador falou mal do estrogonofe local, disse que o inglês falado no país é pior que o seu e o futebol praticado pelas seleções foi muito fraco. Mas ao menos fez elogios à organização.

"Estou há 30 dias aqui, e para falar a verdade já estou cansado. Tem algumas coisas que não combinam com a minha vida e paladar. Para falar a verdade, achei o estrogonofe daqui uma porcaria. Estou objetivo", disse, referindo-se a um dos pratos típicos do país.

Joel Santana ainda disse que o inglês falado no país é de pior qualidade do que o seu. Em 2010, o treinador brasileiro comandou a África do Sul no Mundial e ficou conhecido pela comunicação falha no idioma.

"O pessoal é meio sério, sabe como é o carioca, transmite alegria. Aqui é muito sério. Não aprendi (russo) porque eles (russos) têm o inglês pior do que o meu. Nunca vi um inglês pior do que o meu e aqui que tem. Você não consegue conversar com eles. A coisa é um perigo, o dinheiro vale muito, ou não vale nada, daí tem que fazer um monte de contas para eles não te pegarem", disse.

Sobre o futebol, ele reclamou do que chamou de postura defensiva e fez um ironia com o que ouvia no Brasil quando técnicos adotavam estratégias parecidas.

"Futebol fraco, fraco, fraco, fraco, fraco. Poucas partidas empolgantes. Existe muita carência do jogador qualificado, que é um colírio. Foi o futebol de quem se organiza melhor atrás e contra-atacou mais. Todas jogando da mesma maneira. No Brasil, chamavam a gente de retranqueiro, agora vai bater campeão jogando dessa maneira", disse.

Apesar dessas impressões negativas, Joel Santana fez elogios à organização, sem deixar a sinceridade de lado. "Organização muito boa, cidades muito bonitas, de uma maneira geral é um país muito bonito, muito organizado, povo muito sério. Você praticamente não vê fila... Os estádios são muito bonitos e acolhedores. Valeu a pena vir, mas também não volto mais", disse.

Na última sexta-feira, o UOL Esporte mostrou que, mesmo escondido, como o mesmo definiu, Joel vem cruzando o país-sede do Mundial. Após seguir o Brasil até as quartas, ele assistiu à semifinal entre França e Bélgica em São Petersburgo e depois partiu em busca de um ingresso para ver a final em Moscou, onde desembarcou na noite da última quarta-feira (11).

 

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