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Menina mantida refém na Zona Sul disse que teve medo de morrer como Eloá

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A adolescente de 15 anos que foi mantida refém por cerca de 18 horas no Grajaú, Zona Sul de São Paulo, pelo ex-padrasto, afirmou na manhã desta segunda-feira (17) que temeu  morrer durante uma invasão da polícia, como a adolescente Eloá Cristina Pimentel. "Fiquei com medo de morrer, porque eu tinha muito medo dele e da polícia, de acontecer o que aconteceu com a Eloá. Quando vi que o Gate estava presente eu fiquei muito nervosa, eu pedi para eles não soltarem bomba nem atirar".

Entretanto, a menina garantiu que o seqüestrador não a ameaçou diretamente. "Foi muito tenso, porque não tem como você ficar tranqüilo em uma situação dessas, mas ele não me agrediu, não fez mal nenhum, não encostou a faca em mim, isso eu não posso falar, porque ele não fez", contou.

A adolescente, que cursa a 8ª série, foi até a casa do eletricista de 63 anos no início da tarde de domingo (16), a pedido dele, para buscar alguns documentos. Segundo a jovem, quando chegou ao local, com uma amiga, seu ex-padrasto pediu para que essa amiga fosse chamar sua filha. Assim que ficou sozinho com ela, a trancou na casa. "Ele me trancou, pegou a faca e falou 'agora você só sai daqui quando sua mãe vier ficar no seu lugar', e mandou eu ligar para os meus tios a localizarem", explicou.

Durante todo o tempo, os dois ficaram trancados dentro de um banheiro da casa. A adolescente conta que tinha que ficar longe da janela, mas que não a ameaçou diretamente. "Ele dizia que se houvesse alguma tentativa para me tirar de lá ele poderia fazer alguma coisa. E falou assim: 'você fica quieta para poder me ajudar, você vai sair bem. Eu não quero demorar muito'".

A jovem foi libertada no início da manhã desta segunda, após a rendição do ex-padrasto. O eletricista foi levado para o 25º Distrito Policial, em Parelheiros, na Zona Sul, onde o caso será registrado. Ele será autuado em flagrante por cárcere privado, com pena que pode variar entre um a três anos.


Fonte: G1

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