Nesta quarta-feira (1/8) o Sistema de Regulação Hospitalar da Fundação Municipal de Saúde completa um ano de atividade em Teresina. Neste período, mais de 27 mil ocorrências foram realizadas, entre regulação de leitos, transferência inter-hospitalar dos pacientes e autorização de internações via web. 

Segundo Vitória Urbano, gestora do Sistema Único de Saúde (SUS) em Teresina, o maior benefício trazido pelo sistema foi permitir que as autorizações passassem a ser realizadas em tempo real, deixando de ser feitas em papel e reduzindo de forma relevante o tempo da autorização. “Além disso, todos os leitos estão cadastrados no sistema. O hospital comunica a admissão e alta do paciente, e automaticamente o número será deduzido e somado de acordo com a ocupação, permitindo uma regulação direta via web”, afirma a gestora. 

No período de agosto de 2017 a julho de 2018, o sistema de regulação realizou um total de 27.986 ocorrências diversas. Dessas, 10.060 foram transferências inter-hospitalares, 11.163 foram transportes para avaliação clínica ou exames e 4.587 transportes de hemoderivados, medicamentos, vacinas e materiais para hospitais. A maioria dos atendimentos de pacientes é de residentes em Teresina (64%, totalizando 54.912 em um ano), mas também foi prestada assistência a pacientes do interior do Piauí (28.122 ou 33% do total) e de outros locais (4% ou 3.220), totalizando 86.254. 

O sistema funciona com uma equipe de dois médicos de plantão em cada turno que regulam via web todas as internações que acontecem no município de Teresina, bem como os leitos ocupados nesses hospitais. Paralelamente, funciona a regulação de transferência entre hospitais, também em regime de plantão 24h, com dois servidores por turno atendendo toda a necessidade. “No momento em que um paciente é atendido em um hospital que não dispõe de leito ou numa UPA que não interna, ele é transferido para outro hospital do município com leito disponível e capacidade técnica de atender à patologia que ele apresenta naquele momento”, explica Vitória Urbano. 

Toda a regulação é feita pelos profissionais de saúde do hospital e pela equipe de regulação da central. “O médico do hospital que precisa internar o paciente solicita através de formulário específico via web a internação, e já comunica ao regulador que não tem leito disponível para internar”, conta Vitória Urbano. “O regulador busca, dentro da nossa estrutura municipal, qual o hospital que tem leito disponível e capacidade de atender aquele paciente. Ele então comunica à central de transferência, que aciona os pontos de apoio, onde estão ambulâncias que vão realizar esta transferência”, diz a gestora. 

Estes pontos de apoio se encontram em quatro hospitais do município: Hospital de Urgência de Teresina (HUT), Hospital da Primavera, Hospital do Satélite e Hospital do Buenos Aires. O motorista responsável é comunicado e se desloca para o hospital onde está o paciente, que é recebido em companhia de um técnico de enfermagem para acompanhá-lo durante o processo de transferência. 

A diretora explica que o sistema de autorização via web foi sendo implantado gradativamente nos hospitais de Teresina. “Na inauguração da Central de Regulação de Teresina, o sistema já estava implantado em todos os hospitais municipais, inclusive o HUT”, conta. “Em seguida foi implantado no Hospital São Paulo, São Marcos (que está em fase de conclusão), São Carlos Borromeo, Maternidade Dona Evangelina Rosa e Hospital da Polícia Militar, seguindo pelo Hospital Getúlio Vargas, Hospital Infantil, Natan Portela. Restam dois hospitais do Estado (Mocambinho e Areolino de Abreu) que receberão o sistema neste mês de agosto”, relata a diretora.

Da Redação
[email protected]