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Federação apreensiva com os rumos da temporada de 2019

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Aqui mesmo no portal Cidadeverde.com já comentei sobre a minha preocupação em relação à temporada de 2019 para o futebol piauiense. O resultado final de 2018 foi simplesmente desastroso, notadamente para o futebol da capital. 

Foto - Eduardo Frota - Cidadeverde.com - Arquivo - Rivengo - Piauiense 2018

O Esporte Clube Flamengo foi liquidado. Venderam o imenso patrimônio do clube, o time foi saco de pancadas no Campeonato Estadual, as chamadas equipes de base sofreram goleadas humilhantes; até os trofeus e taças, símbolos de tantas conquistas, desapareceram. O Piauí Esporte Clube não teve qualquer resultado expressivo e permanece sem diretoria, o que se repete de ano a ano. 

O antigo Piauizão Vibrante é propriedade privada do Sr. Jacob Júnior que substituiu Reinaldo Ferreira, falecido. Não não tem diretoria, não tem nada de um clube organizado.

O River, a maior esperança teresinense, nada realizou de importante. Perdeu para o 4 de Julho a disputa de uma vaga para a Série D do Campeonato; ficou fora da Copa do Brasil; ficou fora da Copa do Nordeste; perdeu para o Sampaio uma classificação para a Copa do Nordeste de 2019. 

Alguns ainda comemoram o fato do tricolor haver sido vice-campeão piauiense, empatando com Altos no Albertão e apanhando de 4 x 2 na cidade de Altos. Os nossos representantes nas competições nacionais, Altos Parnahyba e Altos, foram eliminados logo nas primeiras fases.

Na Copa São Paulo de Futebol Juniores e no Brasileiro de Futebol Feminino da Série A-2, mão passamos de meros participantes. Está claro, então, o fracasso total na jornada de 2018.

Teresina parou com o futebol em maio, com promessa de voltar  de janeiro para fevereiro de 2019. com  praticamente  meses de férias. O Albertão teve apenas um pedacinho aberto para alguns jogos; O Lindolfo Monteiro ficou fechado o tempo todo e assim permanece; Altos e Piripiri tiveram problemas com seus estádios, por falta de laudos; em Campo Maior o Estádio Deusdeth de Melo segue abandonado.

Recentemente a FFP tentou realizar a segunda divisão. Elaborou regulamento e tabela; realizou reuniões e mais reuniões; na hora de começar a disputa, os clubes não tinham laudos de seus estádios e nem recursos para pagamento dos seus jogadores. E assim, não haverá a competição.

Por telefone, conversei com o Presidente da FFP. Cesarino Oliveira manifestou a sua preocupação diante do quadro lamentável que aí está. Segundo o mandatário federacionista, a situação é preocupante e a FFP ainda não identificou um caminho que possa mostrar uma solução. 

É isso aí mesmo. O primeiro passo é termos um levante dos torcedores para que os clubes sejam administrados conforme determinam os seus estatutos e o Estatuto do Torcedor.

Quem não cumprir tem que ser afastado na forma da lei. Simplesmente dizer que vai contratar técnico e jogadores, não resolve. É apenas repetir o que tem sido feito ao longo dos anos.

O melhor exemplo do momento é dado pelo Ferroviário de Fortaleza. Elegeu uma diretoria competente e voltou ao primeiro time do futebol cearense, sendo vice-campeão de 2018, fez bonito na Copa do Brasil e conquistou o título da Série D do Campeonato Brasileiro. 

Está melhorando a Vila Olímpica Elzir Cabral numa área de 5 hectares, com estacionamento privativo, salão de festas, sala de troféus, sala de imprensa, ambiente administrativo, academia, alojamento, refeitório, o estádio com capacidade para 4.200 torcedores, na Barra do Ceará, tradicional bairro de Fortaleza. Os torcedores estão satisfeitos e apoiam a diretoria.


Dídimo de Castro
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