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Dólar sobe forte nesta sexta e chega a R$ 3,95 com exterior e cena eleitoral local

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O dólar sobe nesta-feira (17), no terceiro dia consecutivo de alta, diante da incerteza com as eleições e as tensões no exterior.

Às 11h25 moeda norte-americana avançava 0,92%, vendida a R$ 3,9392. Na máxima até agora, chegou a R$ 3,9528. Veja mais cotações.

O dólar não atingia esse valor durante as negociações diárias desde 6 julho, segundo o Valor Pro, e não fecha acima de R$ 3,94 desde março de 2016. Já o valor máximo de fechamento neste ano foi de R$ 3,932, atingido em 5 julho.

Na véspera, o dólar subiu 0,09%, a R$ 3,9032.

Eleições e exterior
Os investidores continuam monitorando a campanha eleitoral, que começou na véspera. Eles temem que um candidato considerado menos comprometido com o ajuste fiscal desponte na corrida à Presidência.

"O mercado tem dúvidas que outros candidatos tenham condição de fazer reformas, o que gera mau humor", afirmou à Reuters a estrategista de câmbio do banco Ourinvest, Fernanda Consorte, acrescentando que a propaganda em rádio e TV, quando começar, será muito importante.

No cenário externo, a lira turca voltava a recuar frente ao dólar neste pregão, com queda de 5%, operando ao redor de 6,15 por dólar, depois que um tribunal da Turquia rejeitou o recurso de libertação do pastor cristão norte-americano, um dia após os Estados Unidos alertarem para novas sanções a menos que Ancara abrisse mão do detido.

Na quinta-feira, os Estados Unidos ameaçaram impor novas sanções à Turquia caso o pastor americano Andrew Brunson, acusado de terrorismo, não seja libertado. Nesta sexta, a corte turca rejeitou recurso para livrá-lo da prisão domiciliar.

Brunson é um dos desafetos do presidente do país, Tayyip Erdogan, e está preso desde 2016, quando uma onda repressora varreu o país após uma tentativa de golpe contra o estado turco. O pastor é um dos pivôs da piora nas relações entre Turquia e EUA: o governo Trump considera que as acusações contra ele são falsas e que, na verdade, representam uma perseguição à fé cristã e vem impondo restrições comerciais ao país – que são retaliadas pelo outro lado.

Aliada à dependência da Turquia de capital estrangeiro, a crise política já fez com que a lira perdesse mais de 40% do seu valor frente ao dólar em 2018, pela preocupação dos investidores sobre a influência do presidente turco, Tayyip Erdogan, sobre a política monetária. Erdogan, um autodenominado "inimigo das taxas de juros", quer reduzir os juros apesar da alta inflação. Essa desvalorização tem provocado reflexos em moedas de diversos países emergentes.

Apesar da sequência de altas, a expectativa do mercado é de que o dólar termine o ano cotado a R$ 3,70, segundo o último boletim Focus divulgado pelo Banco Central.

 

Ação do BC
O Banco Central brasileiro realiza nesta sessão leilão de até 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de setembro, no total de US$ 5,255 bilhões.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, a autoridade monetária terá feito a rolagem integral.

 

Fonte: G1

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