Elza Soares luta em prol das mulheres com o que ela tem de mais forte: a voz!
Aos 81 anos, a cantora mostrou toda a sua potência na estreia da turnê carioca de Deus é Mulher, originada do álbum de mesmo nome, na noite desta terça-feira (28), no Teatro Oi Casagrande, no Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
O repertório com influências punk é intercalado com textos bem condizentes com a atualidade, cheio de empoderamento e revolta contra a opressão feminina sofrida pela socidade.
Em conversa com repórteres, antes de subir ao palco e fazer o show para a plateia lotada, a artista comentou sobre o novo trabalho.
"Deus é Mulher é um álbum que foi feito para todo mundo, mais aberto, mais alegre, saindo daquela coisa da Mulher do Fim do Mundo, que é um trabalho lindo, mas é mais denso, tenso e punk! Deus é Mulher é necessário para você ter mais clareza e fica mais aberto a entrar na festa, se divertindo e cantando", disse ela, que recebeu famosas como Tais Araújo, Vera Fischer, Lilia Cabral e Débora Bloch.
Quando questionada sobre o título de empoderamento feminino do novo disco, Elza cita o machismo, tão contraditório com relação ao lado protetor e acalentador das mulheres.
“Deus é Mulher porque precisa abraçar vocês homens. Os homens estão muito tensos, pesados demais. A gente está precisando de coisa mais leve, suave. A mulher é mais tolerante, ela sabe se segurar mais, não no sentido de se anular, mas de dar mais amor, abraçar mais, beijar mais, acariciar mais. O homem não sabe fazer nada disso por causa do machismo. Se o mundo fosse só dos homens, ele já tinha acabado. Faltava aquele colo, aquele peito amamentando e a mulher para isso. Deus é mãe.”
Fonte: QUEM