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Especialistas afirmam que jogos computadorizados melhoram a capacidade mental

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No mercado atual de jogos eletrônicos, existem os destinados a melhorar a aptidão mental, os que ajudam a resolver problemas do mundo real e aqueles criados exclusivamente para entreter. Sendo assim, segundo diversos especialistas (alguns deles neste artigo), os jogos eletrônicos podem ter uma série de potenciais impactos no cérebro.

O termo “jogos eletrônicos” refere-se a inúmeras variedades de experiências bem distintas, desde simples jogos de cartas computadorizados até os ricamente detalhados graficamente e realistas.

Segundo a neurocientista Mirna Wetters Portuguez, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, os jogos computadorizados fornecem muitos benefícios para o desenvolvimento de áreas importantes do cérebro.

“Jogos computadorizados funcionam como efeito estimulador no desenvolvimento intelectual, permitem maior flexibilidade de raciocínio, desafiam nosso funcionamento executivo, ajudam a treinar e estimular o pensamento lógico”, aponta Portuguez.

No mercado digital, há diversos aplicativos de jogos virtuais, mas nem todos são muito eficazes para conseguir melhoras significativas que a neurocientista apontou acima. Uma boa dica de app de jogos interativos é o da Full Tilt, que oferece uma boa gama de jogos estratégicos e muitas variações dos mesmos.

Outra dica interessante é baixar o Pumbler (canalizador). Um dos games mais bem avaliados de raciocínio lógico na loja da Google Play, o jogo oferece 50 níveis de dificuldade e é bem desafiador nos estágios avançados de dificuldade.

Segundo Brian Glass, cientista de Ciências Biológicas e Químicas da Universidade de Queen Mary de Londres, os jogos de estratégia têm papel relevante na capacidade de aprender com os erros do passado.

“Pesquisas anteriores demonstraram que jogos de ação, como o Halo, podem acelerar a tomada de decisões, mas o trabalho atual mostra que os jogos de estratégia em tempo real podem promover nossa capacidade de pensar em tempo real e aprender com os erros do passado”, disse Glass.

Quanto aos games de ação, o estudo da FAABS (Federation of Associations in Behavioral and Brain Sciences) é uma ótima referência no assunto. Em 2015, eles chegaram a conclusão que jogos de ação estão conectados à evolução de diversas habilidades cerebrais.

“Os jogos de ação estão ligados à melhoria das habilidades de atenção, processamento cerebral e funções cognitivas”, aponta o estudo. “Os videogames modernos evoluíram para experiências sofisticadas que instanciam muitos princípios conhecidos por psicólogos, neurocientistas e educadores como fundamentais para alterar o comportamento, produzir aprendizado e promover a plasticidade cerebral”, completa.

Jogos computadorizados na terceira idade

Cientistas da Universidade da Califórnia em São Francisco esclareceram que jogos eletrônicos podem melhorar a capacidade cognitiva em adultos mais velhos e retardar algumas doenças cerebrais associadas ao envelhecimento.

Depois de 12 horas de treinamento durante um período de 30 dias, os voluntários do estudo com idade entre 60 a 85 anos mostraram evolução em duas áreas cognitivas significativas: memória de trabalho e atenção sustentada. Essas habilidades foram mantidas seis meses após o término do treinamento.

“A descoberta é um exemplo poderoso de quão plástico é o cérebro mais velho”, afirma o Dr. Adam Gazzaley, professor de neurologia, fisiologia e psiquiatria da UCSF e diretor do Centro de Imagem Neurociência.

Independentemente da idade, o efeito dos jogos eletrônicos no cérebro é uma recente área de pesquisa que continuará a ser explorada. Ainda que grande parte dos estudos podem estar apenas explorando a parte superficial do potencial que os jogos podem apresentar no aprimoramento da capacidade cognitiva e na prevenção de problemas cognitivos, eles indicam muitos fatores positivos.

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