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Destaque na Copa, zaga é ponto crítico para eventual renovação na seleção

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 Lucas Figueiredo/CBF

PEDRO LOPES
NOVA JERSEY, EUA (UOL/FOLHAPRESS)

Com amistosos diante dos EUA, nesta sexta (7), e El Salvador, no próximo dia 11, o Brasil inicia nos Estados Unidos um novo ciclo para a Copa de 2022, no Qatar. Aos poucos, Tite tem o desafio de promover uma renovação no elenco. Para o ataque, não faltam opções. A defesa, justamente um dos pontos fortes da seleção na Copa de 2018, é o ponto mais crítico.

No ataque, borbulham promessas. Para as partidas em solo norte-americano, Tite está testando Richarlison, do Everton, e Everton, do Grêmio. Pedro, do Fluminense foi convocado, mas acabou cortado por lesão. Há ainda na fila Vinicius Jr., do Real Madrid, Rodrygo, do Santos (também negociado com o Real), Malcom,do Barcelona, David Neres, do Ajax, e outros. Na zaga, há menos alternativas imediatas.

É sintomático que os 'novos' nomes testados por Tite nessa convocação para o setor defensivo chegariam no Qatar com bem mais de 30 anos. Felipe, do Porto, tem 29 anos. Dedé, do Cruzeiro, 30.

No novo ciclo, Marquinhos aparece como a aposta mais segura para ser a âncora da defesa brasileira. Aos 24 anos, deve chegar ao próximo Mundial no auge. Thomas Tuchel, novo técnico do PSG, utilizou o brasileiro como volante nas últimas duas partidas, algo que pode atrapalhar os planos de Tite.

Ao lado de Marquinhos, Tite indicou no treinamento desta terça-feira que irá escalar Thiago Silva, de 33 anos, jogador mais velho dentre os atuais convocados, como titular contra os EUA. A esquerda deve ter Filipe Luis, também de 33 anos.

A opção pelos veteranos se dá pela falta de opções óbvias. Dos zagueiros já convocados por Tite, Rodrigo Caio, Luan e Jemerson são os que chegariam à próxima Copa com idade em torno dos 30 anos. É difícil apostar que seriam capazes de manter o nível de uma defesa composta por Thiago Silva e Miranda, ou Thiago e Marquinhos.

O atleta mais experiente do atual elenco da seleção tem uma teoria. Para Thiago Silva, zagueiros amadurecem mais tarde, e dificilmente despontam como titulares em seus clubes na mesma idade que os atacantes. Por isso, o defensor acredita que, ao longo do ciclo, naturalmente surgirão novos nomes.

"Os zagueiros que aqui estão, por mais que estejam com 30, 33 anos, acho que são importantes para dar suporte para os mais jovens que chegam. A parte defensiva sempre é a mais experiente. Você não vê zagueiros tão jovens em times de ponta, titulares. Com o ataque acontece toda hora. Reformulação surge normalmente mais pelos caras de frente, nós aqui atrás temos que dar o suporte para eles".

Talvez até por isso, Thiago não descarta, se estiver bem fisicamente, fazer parte do grupo em 2022, quando terá 38 anos. "O Rafa Marquez (zagueiro mexicano que disputou a Copa com 39 anos) tem a história que teve no futebol, se dedicando ao máximo, e isso eu vou fazer a cada dia. Enquanto tiver motivação, friozinho na barriga, vou seguindo do meu jeito. Enquanto tiver esse apetite, vou seguindo. Quem sabe".

O Brasil enfrente os EUA na sexta-feira, no Metlife Stadium, em Nova Jersey. Depois, segue para Washington, onde encara El Salvador, no Fedex Field.

 

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