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Bolsonaro silenciou diante do atentado a Marielle, afirma Boulos

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Foto: Karime Xavier/Folhapress

(FOLHAPRESS) - Para Guilherme Boulos, candidato a presidente pelo PSOL, há mais de uma diferença importante entre o atentado ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).

Enquanto Boulos diz condenar toda forma de violência, ele lembra que Bolsonaro não se manifestou sobre o assassinato de Marielle e sugeriu que os tiros contra a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no início do ano, teriam sido armados pelo próprio PT.

"Estamos entre aqueles -essa talvez seja uma diferença importante- que condena toda forma de violência", afirmou à reportagem em caminhada no centro de Nilópolis, na Baixada Fluminense.

O candidato do PSOL ressaltou que o assassinato de Marielle completará seis meses sem que os culpados tenham sido identificados. 

"Evidente que o atentado a Marielle é de uma gravidade sem paralelo. Foi assassinada num crime premeditado, pelo que representou politicamente: uma mulher negra que veio da favela."

Questionado se o atentado a Bolsonaro aumenta a preocupação com a própria segurança, Boulos afirmou que a situação preocupa todo o Brasil.

"Quando a disputa no campo da diferença politica transborda para a violência quem perde é a democracia", disse.

Sobre os efeitos do atentado para a candidatura de Bolsonaro, Boulos defendeu que não se deve fazer o cálculo dos dividendos eleitorais da violência.

"Não é com tiro, faca e gritaria que vamos mudar o Brasil."

Questionado sobre a razão de Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT), dois candidatos de esquerda, terem ganhado pontos na pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda (10), a primeira sem Lula, Boulos, estagnado no levantamento, ressaltou que conta com poucos segundos de tempo de TV e disse acreditar que agora terá a oportunidade de falar com os eleitores nas ruas. 

Boulos caminha em Nilópolis ao lado dos candidatos a deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) e Glauber Braga (PSOL). Tirando fotos e conversando com eleitores, ele repete que é preciso acabar com os privilégios para mudar o país.

Ao longo do dia, Boulos também participará de uma caminhada em Nova Iguaçu e de um comício em Duque de Caxias, ambas cidades da Baixada. 

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