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Sessão especial na Alepi homenageia capoeiristas

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Atendendo a requerimento do deputado Cícero Magalhães (PT) a Assembléia Legislativa promoveu hoje (24) pela manhã uma sessão especial para comemorar o Dia Estadual do Capoeirista no Piauí, que será comemorado, a partir de agora, todo dia 20 de novembro. O projeto, de autoria do deputado Cícero Magalhães, já foi sancionado pelo governador Wellington Dias no dia 29 de julho último.
 
O presidente da Assembléia, deputado Themístocles Filho (PMDB), abriu a sessão e convidou para compor a mesa a presidente da Fundação Cultural do Estado, SôniaTerra; Aldaci Regina da Silva, diretora estadual da Igualdade Racial; Guido Castelo Branco, Mauro Eduardo, representando a secretária da SEID; e o mestre Capoeira José Gualberto da Silva, que falou em nome dos homenageados.
 
Primeiro a falar, o deputado Cícero Magalhães agradeceu a presença dos representantes de grupos de capoeira do Estado, destacando “a importância de se preservar esta cultura que tem tanta importância para a inclusão social dos mais carentes e humildes que passam por situação difícil e que agora será mais lembrado e respeitado”.
 
Falando em nome dos homenageados – foi eleito para tal – o mestre capoeira José Gualberto Silva Moura fez um breve relato da história da capoeira no Brasil e no Mundo, lembrando que os capoeiristas sempre tiveram participação decisiva nos momentos históricos importantes do Brasil.

“Começamos com a reação à escravidão e a criação dos quilombos, o que nos foi facilitado no período da invasão Holandesa. Enquanto o Governo se preocupava com os invasores, os negros puderam se organizar nos quilombos, sempre praticando a capoeira, como forma de defesa”, contou Gualberto.
 
Ele também citou a Guerra do Paraguai, quando o Governo enviou os capoeiristas para a linha de frente do combate com o objetivo também de se livrar deles, “mas conseguimos sobreviver”, ressalta Gualberto, acrescentando que os capoeiristas também foram utilizados pelos partidos políticos quando da Proclamação da República, que os levava à frente das caminhadas e outras manifestações.
 
O Governo do Brasil, segundo o mestre, ainda tentou proibir a capoeira, depois da abolição da escravatura, para “evitar algazarra”; e o preconceito só começou a diminuir em 1934, quando o mestre Bimba fez uma apresentação para o presidente Getúlio Vargas, em pleno Palácio do Catete.
 
Na década de 80 o Ministério dos Esportes decretou a capoeira como um esporte genuinamente brasileiro e, recentemente, no dia 15 de julho deste ano, o presidente Lula baixou um decreto considerando a capoeira como “Patrimônio Imaterial do Brasil” e o Governo Francês a considerou “Patrimônio Cultural da Humanidade”.
 
No final os capoeiristas presentearam o presidente da Assembléia, Themístocles Filho; a presidente da Fundac, Sônia Terra; e o deputado Cícero Magalhães com um berimbau, instrumento símbolo da capoeira.

 

Redação
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