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Uchôa classifica jornalismo da TV como "capenga"

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Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com
 
Durante palestra a estudantes de Comunicação Social do Piauí, o jornalista Marcos Uchôa, da TV Globo, classificou como "capenga" o jornalismo produzido pelas emissoras brasileiras em geral. Ele falou de sua experiência como correspondente internacional e do que pensa sobre o televisão no auditório da Faculdade Santo Agostinho, na noite desta quinta-feira (27), no encerramento do semestre do curso de Comunicação Social da instituição.
 
Uchôa defendeu na palestra que a TV em geral é "viciada" no sentido de mostrar imagens que ele classifica como "chamativas", como cenas de violência, guerras e pessoas com pouca roupa, uma distorção da realidade. Ele citou como exemplo a preferência dos editores por imagens mais apelativas, e que uma reunião de negociação de paz, onde há cena de chefes de estado reunidos em uma mesa não causaria impacto.
 
 
O jornalista chamou a TV de "capenga" por só mostrar parte da história, com reportagens curtas, um recorte dentro de uma complexidade. Ele disse que temas como problemas do meio ambiente e o envelhecimento da população ainda não se consegue mostrar o impacto dessas mudanças.
 
Ao falar de sua experiência profissional, o jornalista contou que já chegou a dormir no chão em Bagdá ao cobrir a Guerra do Iraque. Ele relatou que ficou com o cheiro dos corpos em decomposição mesmo depois de deixar o país, e as cenas causaram impacto a toda a equipe. Ele exibiu vídeos sobre Tsunami, Resgate às Vítimas do Terremoto na Kachemira, e Irã - A força da Religião.
 
Além disso, Uchôa deu dicas aos novos jornalistas. Didático, mostrou que a matéria tem que ser como um cartão postal, redonda e curta. Recomendou aos estudantes aprender mais de um idioma, e disse que o fundamental hoje não é falar bem, mas se comunicar.
 
 
Yala Sena (flash da FSA)
Fábio Lima (da Redação)
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