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Audiência aborda violência e superlotação no transporte público da capital

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 Foto: Ascom MPPI

A superlotação e os casos de violência no sistema de transporte público de Teresina foram algumas das problemáticas discutidas em audiência pública Ministério Público do Piauí (MPPI), que debateu a qualidade da prestação do serviço na capital. A reunião aconteceu nesta terça-feira (23) e também abordou a ineficiência do serviço quanto a redução da frota, supressão de rotas e o acesso ao sistema para as pessoas com deficiência, bem como ao projeto de engenharia do Sistema de Integração dos ônibus e os atrasos das obras. 

A reunião aconteceu durante a manhã no auditório da sede Leste do MPPI, presidida pela promotora Graça Monte, titular da 32ª promotoria de Justiça de Teresina. A audiência teve a colaboração da promotora Marlúcia Evaristo, titular da 28ª promotoria de Justiça de Teresina, especializada na defesa dos direitos da Pessoa com Deficiência e do Idoso.

Convocada por meio de edital publicado no início de outubro, a discussão dá continuidade às ações realizadas pelo MPPI com a finalidade de levantar dados e informações com base na visão da sociedade sobre o transporte público em Teresina, com o objetivo de buscar soluções junto às autoridades de trânsito responsáveis. 

De acordo com o MPPI, muitos relatos dos usuários sobre as deficiências na operacionalização do sistema de transporte público na capital leva à superlotação dos veículos. Além disso, o Ministério Público informou que foram expostos pelos usuários os problemas sobre o acesso ao sistema de transporte público para a pessoa com deficiência. Segundo alguns participantes da audiência, existem problemas na hora da entrada e saída dos ônibus, em que alguns veículos apresentam altura desigual ao do local das paradas, e também sobre algumas plataformas danificadas.

O diretor de transporte da Strans, Francisco Nogueira, afirmou reconhecer os problemas que o Sistema de Integração enfrenta, incluindo os atrasos. Ele informou ainda que os coletivos seguem um padrão de produção em âmbito nacional e que os problemas a respeito da acessibilidade já foram notificados aos fabricantes. 

Ele também apresentou que 80% do financiamento das obras do Sistema de Integração vêm do Governo Federal, através do Ministério das Cidades, e que este repasse está atrasado, causando demora na entrega. E ainda colocou que a construção dos terminais possui aval de órgãos como CREA e CAU, e que, portanto, a Prefeitura segue normas legais para a execução desses planejamentos. 

Por fim, foi encaminhado que será realizada uma reunião com representantes da classe estudantil, Setut e Strans para discutir propostas para melhoria na prestação de serviço de transporte público em Teresina.

Estavam presentes na audiência representantes da Strans, Setut, Sintetro, Associação dos Cadeirantes de Teresina, Consórcios de Transporte Público Urbano de Teresina, lideranças comunitárias, estudantes e usuários de modo geral.

 Foto: Ascom/ MPPI

 Foto: Ascom/ MPPI

Lyza Freitas (Com informações do MPPI)
[email protected]

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