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Palmeiras e Inter trocam farpas e aumentam disputa de bastidores por título

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DANILO LAVIERI E LEANDRO MIRANDA
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Na reta final do Campeonato Brasileiro, a briga pelo título acontece também fora do campo. O líder, o Palmeiras, e o vice-líder, o Internacional, têm trocado farpas públicas e elevado a temperatura nos bastidores para as seis últimas rodadas competição.

Foto - Ricardo Duarte - Internacional

Alvo de indiretas do clube gaúcho nas últimas semanas, o time alviverde entrou de vez no confronto com a declaração do presidente Maurício Galiotte na última segunda-feira (5), de que o rival colorado é o "mais beneficiado pela arbitragem".

As reclamações do Inter com referências ao Palmeiras têm sido frequentes. Após o empate por 2 a 2 com o Santos em 22 de outubro, em que Leandro Damião teve um gol anulado depois de vários minutos de discussão da arbitragem, o técnico Odair Hellmann disse que, no dia anterior, o juiz havia "esperado" o replay da televisão para validar um pênalti a favor do Palmeiras contra o Ceará -o que não aconteceu.

Dois dias depois, o experiente meia D'Alessandro afirmou em entrevista coletiva que é difícil disputar título com equipes paulistas ou cariocas, insinuando que haveria favorecimento a times do Sudeste do país. "A briga é desigual, é difícil. Vocês podem tirar suas conclusões", disse o camisa 10.

Já no último domingo (4), após a vitória sobre o Atlético-PR com um pênalti polêmico nos acréscimos, o vice de futebol do Inter, Roberto Melo, disse que o Palmeiras já "parecia comemorar o título" e que havia ainda "muita coisa pela frente".

A resposta alviverde veio no dia seguinte, com Galiotte usando os relatórios de arbitragem da CBF para dizer que o Inter tem sido o clube mais beneficiado por erros.

A disputa de bastidores envolve ainda outra questão: o Internacional articula com outros clubes um rompimento de seu vínculo com o Esporte Interativo por direitos de transmissão na TV fechada, alegando que a Turner, proprietária dos canais, desrespeitou o contrato ao pagar mais para o Palmeiras do que para as outras equipes pelo acordo.

As trocas de farpas com concorrentes diretos não são novidade para o Palmeiras. Em 2016, ano do último título brasileiro alviverde, o clube também se desentendeu nos bastidores com o Flamengo, em relação que permanece estremecida até hoje. 

O diretor de futebol alviverde, Alexandre Mattos, e o técnico Luiz Felipe Scolari, aliás, aguardam julgamento no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por insinuarem que a arbitragem da vitória sobre o Ceará havia dado propositalmente cartão amarelo para jogadores palmeirenses pendurados, com a intenção de tirá-los do jogo contra o Fla na rodada seguinte.

Além disso, o diretor executivo de futebol rubro-negro à época, Rodrigo Caetano, teve atritos com Mattos há dois anos e trabalha atualmente no Internacional.

Com cinco pontos de vantagem sobre o clube colorado, o Palmeiras está em situação relativamente confortável para conquistar o título nas seis rodadas que faltam, mas não quer baixar a guarda. Elenco, comissão técnica e diretoria mantêm o discurso unânime de que ainda não tem nada ganho e que será preciso trabalhar muito para superar Inter e Fla na reta final.

O time alviverde volta a campo no próximo domingo (11), contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte. No mesmo dia, os colorados enfrentam o Ceará, no Castelão.

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