Iniciada em 2013 a duplicação da BR 343 voltou a  ficar  parada. Essa já é a terceira vez. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), desta vez a obra está parada porquê a empresa cearense responsável pela construção abandonou a obra que havia sido embargada de abril a agosto. Esta já é a segunda empresa que assume a obra e a abandona antes do término. O Departamento de Estradas e Rodagem do Piauí (DER) notificou a empresa, mas segundo o órgão até o momento não houve retorno. 

O convênio que provê recursos para a duplicação é de 2012 e tinha o prazo de execução de 720 dias. O prazo já foi adiado por duas vezes e vence no dia 10 de dezembro, o que pode impedir que a obra continue mais uma vez. "Quando o convênio não é cumprido ele é denunciado e volta sob a égide do DNIT, porém nesse caso único no Piauí,  o recurso é do Estado e não do Governo Federal e atualmente o DNIT não pode colocar recursos nessa obra", alerta o superintendente do órgão no Estado, Ribamar Bastos.

O DNIT garante que continuará cobrando do DER o cumprimento do cronograma que já foi prorrogado duas vezes e alerta para o início do período chuvoso. "A informação que temos é que a segunda empresa abandonou a obra por falta de pagamento - ela até nos oficiou - e a alternativa do DER é chamar a terceira colocada. Estamos cobrando insistentemente a duplicação das duas tanto BR 316 quanto BR 343, pois é grande o risco de termos grandes problemas como tivemos ano passado.

Procurado pela produção do Jornal do Piauí, o DER informou apenas que definirá até sexta-feira se convoca o 3º lugar na licitação para a obra ou se realiza um novo certame.

Sobre a duplicação

O projeto abrange o trecho entre a Ladeira do Uruguai e o viaduto da Miguel Rosa, na BR-316. 

Segundo o projeto, só no lote 1 - trecho entre a Ladeira do Uruguai e a ponte sobre o Rio Poti - serão construídos 3 viadutos.  Um deles será no balão da avenida dos Expedicionários, outro sobre a linha férrea e o terceiro na interseção com as ruas José Francisco Almeida e Jacinto Rufino. 

Ainda de acordo com o DNIT, o motorista leva 25 minutos (entre 18:30hs e 18:55hs) para percorrer todo o trecho a uma velocidade média de 19,2 Km/hora. O departamento afirma ainda que os dados apresentados servem de comprovação de que a "intervenção é imprescindível para a segurança dos usuários e que a via deve ser adequada às normas técnicas do DNIT".

Rayldo Pereira
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