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Baixo rendimento escolar de crianças é discutido em Teresina

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Foto: Arquivo Cidadeverde.com

O final do período escolar trás a tona uma série de preocupações, ser aprovado e "passar de ano", sem dúvida, é uma das principais. O Observatório da Criança e do Adolescente estima que, em 2017, pelo menos 7,4% dos alunos que frequentam o Ensino Fundamental foram reprovados. 

Nesse aspecto, é importante observar os motivos que podem ter levado as crianças a um baixo rendimento. Nesse fim de período escolar, pais e professores precisam estar atentos para detectar precocemente problemas que podem acarretar em prejuízos educacionais. Entre as principais dificuldades de aprendizagem diagnosticadas em crianças e adolescentes estão às de leitura, de expressão escrita, gramaticais, no pensamento lógico, de aprendizado da matemática, entre outros transtornos. 

Neste final de semana, a fonoaudióloga Aline Carolina Araújo, referência na área a nível nacional, ministrou dois cursos em Teresina. No sábado (24) foi uma oficina para estratégias de transtornos de aprendizagem e no domingo (25), terapia para transtornos do processamento auditivo. Segundo a fonoaudióloga, tanto fatores biológicos quanto psicossociais podem contribuir para a dificuldade de aprendizagem e não podem ser vistos isoladamente.

“As diferentes dificuldades de aprendizagem podem ser tanto acompanhadas de uma outra patologia, fatores biológicos quanto de questões externas, o meio, o ambiente educacional, a família, podem estar influenciando negativamente para a criança ter uma dificuldade de aprendizagem”, explicou a fonoaudióloga. 

Foto: Aniele Raquel

Durante a oficina, a fonoaudióloga Aline Carolina falou que existem os fatores da própria criança, como emocionais, culturais, intelectuais e os específicos como dislexia, disgrafia, discalculia e a relação dos pais com o estudo dos filhos.

Os transtornos de aprendizagem podem ser considerados como uma inabilidade específica que esteja ligada às habilidades mencionadas acima (escrita, leitura, matemática), em alunos que apresentam resultados aquém do esperado para o nível de escolaridade, desenvolvimento e capacidade cognitiva.

Importante nunca confundir o transtorno com a dificuldade de aprendizagem, pois ambos têm causas completamente diferentes, além de soluções distintas para os casos apresentados pelos estudantes.

“Tem também a dislexia, quando a criança não tem nada que dificulte a aprendizagem, nenhum motivo e no entanto ela tem uma dificuldade. A criança tem todas as condições propícias para aprender, é inteligente, esperta, mas não desenvolve, quando tem essa discrepância, a criança tem dislexia”, esclarece. 

Os manifestações  podem ser identificadas logo nos primeiros anos da vida escolar. “Fechamos o diagnósticos de dislexia a partir dos 8 anos, mas já começamos a identificar antes com 6 anos algumas manifestações que podem sinalizar, como dificuldades de aprender o alfabeto, de perceber rimas, jogos de palavras”, disse. Daí a importância de procurar um profissional qualificado para identificar o problema e tratar a criança.


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