Faz tempo que clubes pagam por atitudes de maus elementos, os que provocam banerna e violência usando o futebol.  Nos tribunais e nos regulamentos os mandantes dos jogos são severamente punidos, com perda de pontos, multas, mudanças de locais de jogos etc. 

Foto: Gilvan de Souza / Flamengo

A determinação nesse sentido não mudou o comportamento de gente assim. Tenho dito e reafirmo que as agremiações esportivas não têm como controlar os seus "torcedores". 

É impossível, uma vez que pedidos, conselhos, apelos não resolvem. Se centenas de policiais não conseguem manter a ordem, como Flamengo, Corinthians, Palmeiras, Vasco, Bahia, seja qual for o clube vai impedir as ações criminosas dentro e fora dos estádios ?

Lembramos que o Clube de Regatas Flamengo sofreu penas rigorosas porque torcedores rubro-negros bagunçaram uma partida da Sulamericana no Maracanã. O prejuízo financeiro e técnico foi imenso. E quem paga o prejuízo ? O clube, os jogadores, a imprensa esportiva e os verdadeiros torcedores que amam o futebol e têm comportamento decente durante as partidas.

O fato mais recente veio de Buenos Aires. Fora do Estádio Monumental um grupo de maus elementos atacou a pedradas o ônibus dos jogadores do Boca Júnior, momentos antes da decisão da Taça Libertadores da América. Aí veio a decisão Confederação: suspender a realização do jogo, após os 60 mil torcedores esperarem por 3 horas e finalmente determinar a sua realização para o dia 9 de dezembro em Madri.

O River sofre um prejuizo imenso, a imagem da Argentina foi manchada no mundo do futebol e tudo vai continuar como antes. Os verdadeiros responsáveis pelos acontecimentos de Buenos Aires nem mesmo foram identificados.

Em um próximo grande jogo, eles estarão lá para novos ataques. Será assim na Argentina, no Brasil ou em outro país aqui da América do Sul.

E continua a grande dúvida: como resolver o problema. Está provado que punir os clubes e absolver os bandidos do futebol não é a melhor alternativa.

Dídimo de Castro
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