O delegado Bonfim Filho, que preside a Comissão Investigadora do Crime Organizado (CICO), informou hoje que a policia vai pedir a prisão dos representantes de operadoras de telefonia celular no Piauí que se negam a repassar os dados de pessoas envolvidas com quadrilhas no Estado. Mesmo com decisão judicial, as empresas não estão encaminhando relação para facilitar as investigações, o que está comprometendo os inquéritos. 

 

 

“Nós já apelamos, já telefonamos, mandamos emissários às operadoras e notamos que há um certo descaso. Na próxima semana vamos conversar com o juiz e se for o caso vamos representar pela prisão do responsável pelas operadoras em Teresina. Não interessa para gente se eles têm responsabilidade ou não. Se existe um escritório para resolver os problemas daqui, eles têm de se responsabilizar. Pensam que estamos brincando. Não se brinca de fazer policia. Investigação policial é coisa séria. Estamos trabalhando e queremos estas informações dentro do tempo hábil”, falou Bonfim Filho.

 

O delegado da Cico explica que na investigação, a polícia pega o telefone que o bandido manteve contato e identifica o dono para assim fazer um levantamento e saber qual o nível de envolvimento que essa pessoa tem com a quadrilha.

 

"A gente descobre o telefone, mas para ter acesso aos dados cadastrais precisamos pedir para as operadoras e isso é o grande problema que estamos enfrentando. As operadoras alegam que tem de mandar para o setor jurídico, no Rio de Janeiro, São Paulo ou Recife. Só que eles tem de entender que investigação policial não pode esperar”, explicou o delegado Bonfim Filho.

Atualmente a Cico espera a liberação dos dados cadastrais de cinco telefones. O oficio com a autorização judicial foi enviado no último dia 11 a duas operadoras, mas até agora nenhuma informação foi repassada a policia. Sem informações, as investigações estão paradas.