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Produtores de Soja cogitam pedágios em rodovias para melhorar escoamento no Piauí

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O presidente da Associação dos Produtores de Soja do Piauí (APROSOJA-PI), Alzir Aguiar Neto, afirmou nesta quarta-feira (9) que o maior problema para o escoamento da produção é a falta de infraestrutura das rodovias estaduais, que atrasam e oneram o transporte da safra por serem praticamente intrafegáveis. Os produtores e o governo do estado buscam uma solução para desonerar os custos causados pelos problemas do tráfego nas estradas.

Alzir Neto disse que há duas propostas sendo estudadas entre a Superintendência do Piauí e a Associação para resolver a questão.

“Uma delas é uma empresa privada assumir a construção (através de Parceria Público Privada) da rodovia Transcerrados [PI-397] e os empresários da soja pagariam pedágio. E a outra é criar uma sociedade de propósitos específicos para nós fazermos essa rodovia em parceria com o estado e não termos que pedagiar”, explicou.

O presidente informou que hoje houve uma reunião como o governo do Piauí, através da superintendente de Parcerias e Concessões, Viviane Moura, onde as propostas foram apresentadas para a construção da Transcerrados.

Alzir reforçou que o maior problema para os produtores é a falta de infraestrutura nas estradas. “Que nos onera tremendamente. Estamos falando fundamentalmente de rodovias. O transporte por elas atrasam e oneram, trazem um custo muito alto pro nosso produto. Então, temos uma produção bastante competente para conseguir romper ainda mais essa barreira e esse custo maior. São rodovias intrafegáveis, que boa parte das empresas de transporte não querem mais ir e aí acabamos tendo um custo a mais quando vamos atender determinada região no Piauí, é como se eles cobrassem bandeira 2 para fazer o transporte”, explicou.

Transcerrados 
De acordo com o produtor, há basicamente duas "piores" rodovias estaduais utilizadas para fazer o transporte da soja. “A Transcerrados, cuja obra foi paralisada e não foi concluída nem a primeira fase e a PI-392, que é do município de Baixa Grande do Ribeiro a Bom Jesus e praticamente não existe, aí a gente contempla todo o cerrado piauiense”.  

“Nesses locais não existem estradas. São vicinais que foram criadas e que nós temos que a todo momento que estar reparando. Mas nós não somos construtores”, acrescentou. 

Ainda de acordo com ele, da primeira etapa da obra da Transcerrados, que era de 117 km, só foi construída mais ou menos 80 km. "Então falta mais ou menos uns 37". 

Toda a Transcerrados a ser construída tem um total 340 km.

 Fotos: Divulgação/ APROSOJA-PI

Lyza Freitas
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