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Em meio a reforma emergencial, Hospital Infantil passa por nova vistoria

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O Conselho Regional de Medicina (CRM-PI) classificou como "arcaica" a fiação elétrica do Hospital Infantil Lucídio Portela em vistoria realizada na quarta-feira (09). Durante a fiscalização, o CRM-PI também verificou que os problemas de infiltração continuam. A vistoria ocorreu em meio a reforma emergencial por qual passa o hospital, após uma recomendação do Ministério Público do Piauí (MPPI). 

"Os problemas de infiltração e na arcaica fiação elétrica comprometem cada vez mais a qualidade do atendimento oferecido à população. Além disso, foram encontradas falhas nos locais de repouso das equipes de saúde, falta de medicamentos, infiltrações e mofo em vários setores, incluindo enfermarias e consultórios médicos", ressaltou o CRM.

A presidente do CRM-PI, Dra. Mirian Parente, relatou ao Cidadeverde.com que a  estrutura do prédio é preocupante, por ser uma construção antiga.  "O problema maior é predial, os médicos falam em risco de incêndio devido as antigas instalações. A diretoria (do hospital) estuda fazer uma instalação nova, que deverá ficar paralela a essa antiga para isolá-la", disse. 

Ela relatou ainda que a fiação elétrica é uma das principais denúncias dos médicos. Dentre as reclamações dos pacientes, a presidente do CRM-PI destacou que eles falam muito da falta de conforto, como a falta de banheiros para atender a todos. 

As reformas pontuais são: "a troca da fiação elétrica, que ocasionalmente gera apagões ou panes, o teto vem passando por melhorias, após graves infiltrações e comprometimento das paredes e pintura e reformas estão sendo feitas no Serviço de Referência de Triagem Néo-Natal", detalhou o CRM-PI.

Sobre as reformas, Mirian Parente esclareceu que "as enfermeiras continuam sem ar-condicionado. Eles (a direção) estão com uma verba de melhoria e já estão comprando os equipamentos. Mas, primeiro, terão que fazer uma reforma porque o teto é muito alto e precisa ser rebaixado para poder resfriar adequadamente".

Reformas

O diretor do Hospital Infantil, Vinicius Nascimento, explica que a reforma emergencial está sendo realizada com a liberação de recurso do Governo do Estado. Cada ponto de interdição/recomendação do MPPI está sendo atendido dentro do prazo, de 10, 30 e 60 dias. Os pontos a serem cumpridos nos 10 dias já foram concluídos.  

Sobre os ares-condicionados, o diretor explicou que, além do rebaixamento do teto, será necessário a melhoria da instalação elétrica porque não adiantará comprar novos equipamentos e ligá-los a uma fiação de pouca qualidade. Nos últimos anos foram constantes as trocas na tentativa de manter o local refrigerado. 

Vinicius Nascimento disse ainda que a emenda dos R$ 6 milhões para a reforma mais ampla, enviado pelo Ministério da Saúde, já está na conta da Sesapi (Secretaria Estadual de Saúde).  No momento, está sendo elaborado um termo aditivo no contrato entre a Sesapi e a Fundação Estadual de Serviços Hospitalares, que gere o Hospital Infantil, para iniciar os processos licitatórios. 

O diretor citou em entrevista ao Cidadeverde.com, a resolução CIB-PI (AD) Nº 001/2019, do dia 08 de janeiro de 2019, que "aprova a utilização do recurso supracitado (os R$ 6 milhões) para que, desta forma, a Sesapi possa dar início ao processo licitatório para realização dos serviços propostos (que é a ampla reforma)".  

Para ampla reforma, Vinicius elencou cinco projetos, que estavam prontos desde 2015, mas que por falta de orçamento não foram executados. Ele citou cada um dos projetos com o recurso a ser usado:

  • UTI: ampliação de 11 leitos - emenda do ex-deputado Rodrigo Martins
  • Centro cirúrgico: duplicar capacidade e readequação as normatizações - incremento MAC (incluso nos R$ 6 milhões)
  • Internação: ampliação de novos leitos, brinquedoteca e sala de atendimento - incremento MAC (incluso nos R$ 6 milhões)
  •  Reforma da área de internação: adequação as normas sanitárias - incremento MAC (incluso nos os R$ 6 milhões)
  • Reforma do ambulatório: ampliação de consultórios, adequação dos banheiros e adequação sanitária - incremento MAC (incluso nos R$ 6 milhões)


Descaso Público e Esperança 

Para a presidente do CRM-PI, Mirian Parente, o Hospital Infantil "estava muito pior do que está hoje, no passado tinha buracos no teto, alagamentos, muita infiltração. Vai precisar de uma reforma geral. É uma situação difícil, mas que será resolvido. Agora é acompanhar pra vê se de fato o fato serão cumpridas. "Foram priorizando outras coisas e deixando a Saúde de lado. Agora, é preciso mobilizar, chacoalhar  a gestão local", comentou Miriam Parente. 

Questionada sobre uma interdição total, a presidente do CRM relatou que, no momento, não é o caso de uma interdição total porque consegue-se reformar o local remanejando os pacientes pelas alas. O Governo do Piauí já sinalizou para uma parceira público-privada para a construir um novo hospital infantil. 

O diretor do Hospital Infantil diz que a expectativa é de um 2020 para o Hospital Infantil, reformado e oferecendo um serviço de qualidade a população. As obras para alcançar essa meta devem iniciar ainda neste primeiro semestre, se toda o processo e as reformas ocorrem dentro do prazo.  
 

Carlienne Carpaso
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