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"Chegará ao ponto do governo escolher se paga ativo ou inativo", diz Suprev

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O Superintendente de Previdência do Estado do Piauí (SUPREV), Marcos Steiner, alertou que se não for tomada alguma providência enérgica com relação ao déficit previdenciário, em breve chegará o momento em que o governo terá que escolher entre pagar ativos ou inativos. Nesta quarta-feira (16), o superintendente disse que o déficit no Piauí continua aumentando, assim como em vários outros estados, o que impede investimentos em outras áreas.

De acordo com Marcos Steiner, em entrevista hoje ao Jornal do Piauí, foi contabilizado, no final de 2018, “um déficit previdenciário em termos de quase R$ 1 bilhão”, que corresponde à diferença entre o que é arrecado pelo governo e o que é preciso pagar. 

“Infelizmente não só com o estado do Piauí, mas com os estados, vamos chegar a um tempo que vamos ter que escolher se paga ativo ou inativo aquele mês, vai chegar a esse ponto. A relação da quantidade de servidores ativos em comparação a aposentados e pensionistas, a diferença está em torno de de R$ 2 a 3 mil, e esse valor pode bater no próximo ano", declarou.  

Ainda de acordo com o superintendente, do ano passado para 2019, o déficit aumentou mais de R$ 7 milhões. 

“A previdência, hoje, em razão exatamente desse déficit, implica em tirar recursos de outros tipos de investimentos como educação, saúde, infraestrutura. Mensalmente estamos desembolsando em torno de R$ 70 a 71 milhões pra cobrir a folha de pagamentos dos aposentados e pensionistas. A contribuição que eu arrecado do servidor e que o Estado envia para o fundo de Previdência, não consegue pagar a folha totalmente, eu tenho que trazer recursos do orçamento do estado para cobrir essa folha", ressaltou.

 Foto: Lyza Freitas/ Cidadeverde.com

Lyza Freitas
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