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Hospital inaugura enfermarias infanto-juvenis para tratamento de câncer

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Fotos: RFCC-PI

Contribuindo positivamente para a qualidade do tratamento ofertado a crianças e adolescentes em situação de câncer, e para o conforto e bem-estar desses pacientes, a Rede Feminina de Combate ao Câncer do Piauí (RFCC-PI), juntamente com o Hospital São Marcos, realizou na manhã dessa quinta-feira (24), a inauguração das enfermarias infanto-juvenis, dando início a um marco no tratamento contra o câncer infanto-juvenil para os piauienses e pacientes de estados vizinhos.

A solenidade de inauguração realizada no auditório do Hospital iniciou com a prestação de contas, homenagens e entrega da comenda “amor voluntário” aos doadores e àqueles que tanto contribuíram com a causa social desenvolvida pela Rede. Fizeram-se presentes os deputados federais Margareth Coelho e Fábio Abreu; o presidente da Fundação Municipal de Saúde de Teresina, Charles da Silveira; o diretor executivo do São Marcos, Joaquim Almeida; o presidente da Associação Piauiense de Combate ao Câncer, Gustavo Almeida; além de doadores, representantes, voluntárias da entidade e a sociedade como um todo.

A reforma e ambientação dessas enfermarias é um sonho antigo da Rede Feminina, que tem como objetivo, proporcionar aos pacientes um lugar mais aconchegante, lúdico e saudável, e que amenize o desgaste de um tratamento intenso e muitas vezes dolorido.

Carmen Lúcia Campelo é presidente da RFCC-PI e para ela, a reforma das enfermarias representa uma conquista para a Rede Feminina. “Essa obra representa uma vitória muito grande e nos inspira a fazer mais. É também uma prestação de contas para com as pessoas que doaram. É fundamental elas saberem que as doações realizadas são de fato aplicadas e que há instituições sérias que trabalham realmente em prol do paciente. Já para o paciente isso é realmente inacreditável. Um paciente do SUS ter um serviço humanizado e moderno, que irá ajudar na prevenção de infecções, além de impactar na auto estima. Para nós enquanto voluntárias e cidadãs, é uma conquista incrível. A nossa inspiração vem do exercício da cidadania e esperamos que Teresina continue nos abraçando. Novos desafios estão ai e a Rede Feminina está pronta para enfrentar”, disse a presidente.

A obra, iniciada ainda em 2018, só foi possível ser realizada graças a dedicação e ao empenho das voluntárias, aos recursos próprios adquiridos pela entidade e as doações de amigos e parceiros que, sensibilizados com a causa social e com o trabalho realizado ao longo dos tempos, enxergaram na Rede, uma forma de proporcionar o bem a quem mais precisa.

O Diretor Geral do Hospital São Marcos, Dr. Joaquim Almeida, destacou que as enfermarias são uma conquista de todos, sobretudo, da população de Teresina, que ganha em ter uma enfermaria voltada para o SUS com uma estrutura tão boa. “O hospital tem uma grande responsabilidade. Trata cem por cento do câncer infantil e esse trabalho que a Rede Feminina realizou e realiza é incalculável por que humaniza esse tratamento que é doloroso e difícil. O hospital junto com a Rede estão de parabéns, mas a população Teresinense é quem realmente ganha”, falou o diretor.

Gildene Alves é oncologista pediátrica e acompanha o dia a dia das crianças e jovens em tratamento contra o câncer. Segundo ela, a vivência desses pacientes em um ambiente mais humanizado é fundamental para dar uma resposta positiva ao tratamento. “Nós somos um serviço que é referência no meio norte do Brasil. Nosso volume de pacientes é muito grande e a inauguração dessas enfermarias melhora muito as atividades e o próprio desempenho do nosso dia a dia de tratamento. Isso porque os nossos pacientes vão estar em um ambiente mais humanizado e adequado para sua faixa etária, onde elas vão se sentir mais acolhidas e vão sair de um ambiente de furada e internação para um ambiente mais propicio ao enfretamento da doença, o que melhora muito a questão da resposta ao tratamento, já que cada vez mais a humanização entra em cena e dá um salto no sentido dessa resposta por parte das crianças ao tratamento realizado diariamente”, destacou Gildene.

Corte da fita e visita

O momento mais esperado por todos foi o corte da fita e a visita as novas instalações. As enfermarias contam com 616.10 m² e dispõe de sala de espera, sala de estudos, seis leitos para tratamento à base de quimioterapia, além de 27 leitos para internação, todos adaptados diante das necessidades dos pacientes oncológicos. Atualmente, a Rede Feminina de Combate ao Câncer do Piauí realiza por ano, uma média de 700 atendimentos em parceria com o Hospital São Marcos. Segundo Carmen Campelo, o novo ambiente proporcionará alegria aos pacientes atendidos e auxiliará de maneira positiva no tratamento infanto-juvenil.

Luísa do Carmo é mãe do jovem Matheus, que há nove meses faz tratamento contra um osteosarcoma. Ele é um dos pacientes assistidos pela RFCC-PI e beneficiado com a reforma das enfermarias. Luísa ressaltou a importância do trabalho realizado pelas voluntárias da entidade e agradeceu o cuidado e o empenho delas em proporcionar um tratamento de qualidade ao filho. “Só posso agradecer àquelas que estão conosco diariamente e as que chegam todos os dias para somar nessa causa. Tudo que elas fazem é com o coração e prova disso é a beleza e a organização das enfermarias. O Matheus foi bem acolhido desde o início e sei que agora mais do que nunca, isso vai se prolongar até o fim do seu tratamento”, falou.

Para Matheus, a reforma das enfermarias é sinônimo de ajuda no tratamento realizado. Segundo ele, “essa obra é uma conquista não apenas para nós pacientes ou para as tias da Rede. Mas para as nossas famílias também, que sentem junto com a gente. Sei que depois de tudo isso, aqui vai melhorar ainda mais. Serei eternamente grato a ajuda que recebo todos os dias das voluntárias, das enfermeiras e de quem se preocupa com a gente”, destacou Matheus.

Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC-PI)

A Rede Feminina Estadual de Combate ao Câncer do Piauí (RFCC-PI) é uma entidade filantrópica que tem como missão, atuar com excelência na prevenção do câncer e assistir os pacientes e seus familiares.

Instalada oficialmente em 08 de abril de 1987, todo o trabalho da entidade é realizado por voluntárias que desempenham ações em prol do bem-estar do paciente oncológico em situação de vulnerabilidade social. Atualmente, a entidade desenvolve suas ações por meio de cinco projetos, sendo eles: o projeto Abrigar, projeto Apoiar, projeto Aliviar, projeto Alimentar e projeto Alertar.

 

Da Redação
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