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Wellington Dias diz que governadores do Nordeste devem se unir em defesa do BNB

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Foto: Divulgação / CCOM

Diretoras do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI) participaram de reunião com governador Wellington Dias (PT) nesta quarta-feira (27).  O encontro teve como objetivo reforçar a defesa dos bancos públicos – em especial o Banco do Nordeste que figura na lista de possíveis privatizações anunciada pelo governo Bolsonaro.

A reunião foi convocada pela CUT Piauí, com a participação dos sindicatos da Educação, Urbanitários, Sinsepi e ABEP e Bancários. 

A diretora do SEEBF-PI, Lusemir Carvalho, afirma que a pretensão do governo federal de fundir o BNB com o BNDES
 é prejudicial para o Piauí. “Esses dois bancos têm papéis totalmente diferentes. Solicitamos aqui o apoio na defesa do BNB junto com todos os governadores e bancada parlamentar do Nordeste, porque isso seria um caos para nossa região e para os funcionários. O papel do BNDES é voltado para o Sul e Sudeste, e para grandes empresas. Já o BNB investe no micro e pequeno produtor”, diz Lusemir.

A diretora Lusemir explica ainda que os recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para 2019 já sofreu uma drástica redução. “Para o Piauí, o orçamento de 2019 foi de apenas R$ 500 milhões e é insuficiente para a quantidade projetos que já se tem nas agências. Em 2018 foram aplicados 1,45 Bilhão no Piauí. E esse ano, só um projeto de energia eólica para o município de Lagoa do Barro, que está tramitando em uma agência é no valor de R$ 800 milhões. Esse projeto está inviabilizado porque a quantidade de recursos é inferior”. 

O governador Wellington Dias anunciou que no dia 14 de março, em São Luís-MA, haverá nova reunião dos governadores do Nordeste, onde será definida a defesa do BNB numa força conjunta com as bancadas do Norte e Nordeste. “Nós devemos ter uma decisão dos governadores dos nove estados do Nordeste. E tem uma previsão de agenda com o coordenador da bancada do Nordeste, que é o deputado piauiense Júlio Cesar, onde a ideia é que a bancada do Nordeste junto com a bancada do Norte possa ter uma posição na mesma direção”, adiantou Wellington. 

O governador explicou ainda que defender o BNB é defender o desenvolvimento da região. “A defesa que faço do Banco do Nordeste é defesa de um instrumento de desenvolvimento do Nordeste. O BNDES não dá um tratamento especial ao Nordeste, quem faz isso é o BNB. No ano passado tivemos mais de R$ 1 bilhão aplicados no Piauí. O BNDES aplica de R$ 300 a R$ 400 milhões no Piauí. Então, é a defesa de um instrumento para o crescimento econômico do nosso Estado, assim como faço a defesa da Chesf e da Caixa Econômica, que são instrumentos essenciais para nossa região” ressaltou o governador.

A diretora Francisca de Assis destacou a importância da reunião para a defesa dos bancos públicos para o desenvolvimento social. “Essa reunião fortalece a luta dos trabalhadores. O Estado do Piauí que tem o menor número de agências bancárias, e sendo mais de 90% de bancos de bancos públicos, se o Governo federal implementar essa política de privatização e redução dos bancos públicos, quem sofre primeiramente é a população. Somos trabalhadores com a obrigação de perceber a importância de trabalhar pela sociedade e por aqueles que precisam da presença do estado, da presença de uma agência de banco público para o desenvolvimento da sociedade”.

Pensionistas do BEP

O presidente da associação dos ex-funcionários aposentados do BEP (ABEP), Ilcimar Barbosa, colocou a questão dos pensionistas do extinto banco do Estado, explicando que atualmente a folha de aposentados passa por uma auditoria e que as pensões por morte de aposentados estão sendo indeferidas e os mandados judiciais chegam e são encaminhados para a Procuradoria. Sobre a questão, o secretário de Administração, Ricardo Pontes, explicou os motivos da auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE) e os questionamentos apontados no relatório que está na SEAD e na Procuradoria Geral do Estado (PGE). 

“Um dos questionamentos da CGE e PGE é que a folha vinha aumentando de acordo com os dissídios dos bancários e não seguindo os aumentos do Estado, tanto que a folha do BEP subiu muito mais que a do Estado. Outro ponto é o aumento do número de beneficiários dos pensionistas. Há um questionamento muito grande em relação a isso e nós estamos tratando disso com a Procuradoria, que tem um parecer contrário para a entrada de novos pensionistas, por isso não deixamos entrar. Há essa discussão jurídica com a PGE e CGE que já está no Tribunal de Contas, que ainda não tomou a decisão de acórdão no plenário. Mas é uma questão que nós estamos tratando”, informou o secretário Ricardo Pontes.

Da Redação
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