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Vanderlei Cordeiro não mira resultado em sua despedida

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Medalhista de bronze nas Olimpíadas de Atenas, o paranaense Vanderlei Cordeiro de Lima está prestes a encerrar a carreira. Sua despedida como profissional foi marcada para 31 de dezembro, na São Silvestre. Entretanto, ainda recuperando a forma após um ano marcado por lesões, ele não tem grandes pretensões para a disputa em São Paulo.

“Vencer é muito acima da minha expectativa. Meu objetivo na São Silvestre é poder largar e terminar a prova”, comentou o brasileiro, que esteve presente à cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico. “Não estou buscando resultado. Não importa se eu vou terminar entre os 50 ou entre os 500 primeiros. O importante é que eu possa chegar ao final. Não estou em condições físicas de buscar uma performance”, revelou.

De volta aos treinos há poucos dias, Vanderlei - que perdeu a chance de ir a Pequim-2008 por conta de uma pubalgia - deve mesmo ficar longe do pódio na São Silvestre. Tanto que ele estabeleceu como meta fazer cada quilômetro em uma média de 3min30s, culminando assim em um tempo final de cerca de 53 minutos – o melhor tempo do percurso de 15km é de 43min12s, estabelecido por Paul Tergat em 1995.

Vanderlei explica que a tradição da São Silvestre pesou em sua decisão. “Escolhi essa prova para parar por essa ser a prova mais importante do calendário do atletismo brasileiro e também por ser a última do ano. Como estou encerrando a carreira, nada melhor do que ser no último dia do ano, por é uma maneira de fechar 2008 pensando nos próximos objetivos”, explicou.

E que objetivos serão esses? Ajudar na melhoria das condições para os futuros atletas, explica Vanderlei, que em 2009 também assume o cargo de padrinho da equipe BM&F Pão de Açúcar e planeja ser dirigente. “Não dá para ficar fora do meio depois de viver mais de 23 anos para este esporte”, justifica o veterano. “Vou interagir diretamente nas bases do clube, podendo ser um exemplo não só de atleta, mas de pessoa e dando explicações, opiniões em treinos e em momentos bastante difíceis na carreira de um atleta”, detalhou.

A despeito dos projetos, no entanto, o paranaense reconhece que deixar de ser profissional não era propriamente um desejo. “(Me despedir) vai ser um momento especial, mas não aceito como festa. Até porque eu gostaria de correr mais uns 30 anos na ponta”, admitiu o atleta, que promete não virar um sedentário. “Vou disputar umas corridas de vez em quando, mas sem pressão de resultado nem nada”, finaliza.

Fonte: Gazeta
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