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Centrais sindicais fazem ato contra Reforma da Previdência

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Com objetivo de barrar a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo Bolsonaro, as Centrais sindicais CUT, CTB, CSP Conlutas, Intersindical e sindicatos de diversas categorias realizam, na sexta-feira (22/03), manifestação em "Defesa da Previdência Pública e Contra o Fim da Aposentadoria". O ato público acontece a partir das 8h, com concentração em frente ao prédio da Previdência Social, no Centro de Teresina.

O presidente da CUT Piauí, Paulo Bezerra, ressalta que a mobilização debate muitas pautas em defesa do trabalhador, mas a principal é a reforma da Previdência. A manifestação é uma mobilização nacional.

“Estarmos nas ruas no dia 22 é fundamental para buscar reverter e reprovar a reforma. A população precisa está ciente de que esse prejuízo é irreparável e quem pode barrar isso no Congresso são os parlamentares. A população pode fazer uma abordagem direta aos parlamentares, dizendo que não queremos essa reforma. O Governo federal não apresentou nenhuma proposta de combate ao desemprego, nem de melhoria para a educação, nem saúde. Nada que se refira ao desenvolvimento econômico e social. A conscientização da população tem que ser feita por nós, temos que estar nas ruas para combater as propostas de retrocesso”, afirma Paulo Bezerra, presidente da CUT Piauí.

Foto: Ascom

A presidenta do Sindicato dos Empregados da Saúde Pública do Piauí (Sindespi), Edna Martins, defende que a proposta prejudica todos os servidores da Saúde, que precisam se mobilizar. “Essa reforma é prejudicial aos servidores da Saúde tanto os celetistas, quanto os estatutários e aposentados, ninguém está livre. Estamos seguindo um caminho que ninguém sabe onde vai parar. Essa reforma aumenta idade e tempo de contribuição, ao mesmo tempo diminui vencimentos. E ainda traz a proposta de Previdência capitalizada, o que prejudica ainda mais a classe trabalhadora mais carente. A sociedade precisa entender essa reforma para poder reagir, por isso temos que ir para as ruas”, disse Edna Martins.

Prejuízos aos trabalhadores rurais e professores

A presidenta da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetag), Elisângela Moura, afirma que a proposta é uma violência contra as mulheres trabalhadoras do campo e pessoas mais carentes. “Com essa proposta a mulher trabalhadora do campo vai ter que trabalhar até os 60 anos de idade, isso é uma violência com as trabalhadoras rurais. Por isso, estamos mobilizados, realizando audiências públicas nas Câmaras municipais apresentando os impactos negativos na vida dos trabalhadores. Na maioria dos municípios do Piauí, os recursos da Previdência que entram são maiores que o FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Por isso, vamos resistir”, afirma Elisângela.

As mudanças propostas também afetam os professores, que têm uma aposentadoria diferenciada devido às características de sua jornada de trabalho. “Ela não pode ocorrer nos moldes que o governo federal quer aprovar, porque prejudica a classe trabalhadora aumentando a idade para a aposentadoria e o tempo de contribuição. No campo da educação temos uma aposentadoria especial, porque temos uma condição de trabalho diferente, estressante, atendendo muitas pessoas ao mesmo tempo. Com essa reforma nossa aposentadoria de forma especial deixa de existe, por isso somos contra”, ressalta Paulina Almeida, presidenta do Sindicato da Educação Pública do Piauí (SINTE).

 
Da redação
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