Todo paciente tem direito a um retorno junto ao seu médico no prazo de 30 dias após a consulta, atendimento esse que obedece a agenda específica do profissional, sobre a qual os planos de saúde não têm qualquer gerência. Algumas vezes, porém, a falta de vaga ou demora na marcação do retorno é motivo de reclamação do paciente.
No caso dos usuários do Iaspi Saúde, a orientação do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Piauí (Iaspi) é que, em casos reincidentes, registrem a queixa na Ouvidoria do órgão, presencialmente ou por telefone (99491-4207 / 3216-5609) para que, por meio da coordenação médica e da gerência do Iaspi Saúde o instituto entre em contato com o profissional a fim de solucionar a questão.
Essa orientação se faz necessária porque nenhum plano, incluindo o Iaspi Saúde, tem como exigir que o médico atenda o paciente em determinado dia, uma vez que são consultas eletivas, não têm urgência, e o profissional é livre para fazer a própria agenda.
“Nos casos em que o médico pouco se disponibiliza a atender e dificulta de forma demasiada o acesso do paciente, de forma a quantificar um número muito limitado de consultas por mês, ou agenda apenas em um único dia na semana, por exemplo, desde que o instituto tenha conhecimento, iremos notificar o profissional para que possamos dar transparência a esses atendimentos e retorno aos usuários. O Iaspi não tem interesse em manter esse prestador como credenciado”, explica a diretora-geral do Iaspi, Daniele Aita.
A diretora enfatiza, porém, que o médico tem total liberdade em escolher quais dos cinco dias úteis da semana irá atender. “O que os institutos têm feito, trouxemos a experiência de outros Estados, é um contrato específico com determinada área médica, garantindo que o profissional vá atender um quantitativo mínimo de consultas por mês para não permitir que o médico faça esse contingenciamento e atenda a necessidade dos usuários”, diz Aita
De qualquer forma, no Iaspi, a orientação é que o paciente que tiver dificuldade em marcar consulta ou retorno com determinado médico ou especialidade faça uma denúncia formal. "Algumas vezes o médico não tem realmente vaga, ou pode orientar a atendente a marcar uma consulta após os 30 dias do prazo de retorno, mas é preciso que isso seja registrado de forma clara, responsável e completa no instituto para que possa ser averiguado, o profissional advertido e após uma primeira advertência, se persistir o problema com determinado profissional, o caso pode ser levado ao conselho para até possível descredenciamento como forma de coibir uma postura nada ética desse profissional", informa a direção do instituto.
“Muitos pacientes não denunciam com receio de ter o tratamento interrompido, não conseguir manter o tratamento com seu médico, mas é preciso que ele reclame, não apenas de forma verbal, mas de modo protocolizado, para que possamos, então, adotar medidas para cobrar esse profissional que por acaso dificulte o atendimento, seja consulta ou retorno”, esclarece Daniele Aita.
Da Redação
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