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Aumentam casos de câncer bucal no Brasil, diz CRO

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Nesta segunda-feira, 8 de abril, foi o Dia Mundial de Combate do Câncer. No Brasil, um tipo de câncer tem chamado a atenção da sociedade: o câncer bucal. Ele é pouco conhecido, costuma ser diagnosticado tardiamente e já começa a ganhar contornos de verdadeira epidemia. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 14 mil casos de câncer bucal são registrados por ano, matando mais de 4 mil brasileiros anualmente, a maioria homens. 

O diagnóstico precoce, assim como em outros casos, é essencial para que o tratamento possa ser realizado da forma mais eficiente, podendo ser feito pelo Dentista, especialista em doenças da cavidade oral ou por um Oncologista. 

De acordo com o Dr. Leonardo Sá, presidente do Conselho Regional de Odontologia do Piauí (CRO/PI), os primeiros sintomas visíveis são feridas que não cicatrizam e manchas avermelhadas ou esbranquiçadas na parte interna da boca. “Cistos e abscessos crônicos são exemplos de sinais que podem ser considerados, em alguns momentos, imperceptíveis mas que podem indicar problemas, assim como dor na região bucal e ao engolir, mau hálito, perda de peso, ausência de paladar e sensibilidade bucal e até mesmo hemorragia e úlcera”, explica o presidente do CRO Piauí. 

O fumo e o álcool estão entre as principais causas do câncer bucal. Segundo dados do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, 83% dos homens com câncer de cabeça e pescoço, aí incluído o câncer bucal, são ou foram fumantes. Dos pacientes tratados, 60% são vítimas de tumores localizados na boca e 40% na faringe ou laringe. “É preciso estar atendo aos sintomas e buscar um especialistas assim que possível. O problema quando detectado na fase inicial têm de 80 a 90% de chances de cura.", comenta Leonardo Sá. 

Os procedimentos de tratamento, incluem cirurgia e radioterapia, porém em casos mais graves, há também a necessidade de fazer a quimioterapia. “Geralmente a cirurgia consiste na remoção da área com a lesão ou tumor, que envolve partes adjacentes. Dependendo da área envolvida pode ou não deixar sequela”, falou o especialista. 

Contudo, a melhor forma continua sendo a prevenção. O câncer bucal, assim como outras inúmeras doenças que ocorrem na cavidade oral, podem ser prevenidas caso haja o tratamento preventivo. "A visita periódica no dentista deve acontecer de 6 em 6 meses para realizar os procedimentos de revisão, mas o paciente também pode realizar o autoexame. De frente ao espelho você pode ir olhando partes da boca como língua (dorso, laterais e assoalho), bochechas, gengiva ao redor dos dentes, céu da boca (palato) e fundo da boca (garganta e amigdalas)”, finalizou Leonardo Sá.

Da Redação
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