Cidadeverde.com

Atlético-MG é goleado pelo Cerro Porteño e está praticamente fora da Libertadores

Imprimir
  • cerro-atletico-5.jpg foto: Bruno Cantini / Atlético-MG
  • cerro-atletico-4.jpg foto: Bruno Cantini / Atlético-MG
  • cerro-atletico-3.jpg foto: Bruno Cantini / Atlético-MG
  • cerro-atletico-2.jpg foto: Bruno Cantini / Atlético-MG
  • cerro-atletico-1.jpg foto: Bruno Cantini / Atlético-MG
Com uma atuação desastrosa e quatro gols sofridos em menos de 15 minutos, o Atlético Mineiro praticamente selou o seu destino na Copa Libertadores. Nesta quarta-feira, mesmo tendo aberto o placar em Assunção, permitiu uma reação incrível do Cerro Porteño, que o goleou por 4 a 1, pela quarta rodada do Grupo E, já assegurando a sua passagem às oitavas de final e praticamente eliminando o time mineiro. 
 
A chave, aliás, está quase definida, pois, no outro jogo do dia, o Nacional do Uruguai venceu o Zamora por 1 a 0, em Montevidéu. Assim, o Cerro, classificado, está com 12 pontos, enquanto o Nacional soma nove, contra três do Atlético-MG e nenhum do Zamora. 
 
O Atlético-MG, então, jogará pela improvável sobrevivência na Libertadores em 23 de abril, quando receberá o Nacional, no Mineirão. Antes, porém, decidirá o Campeonato Mineiro contra o Cruzeiro, sendo que o primeiro duelo da final será no domingo, contra o Cruzeiro, no Mineirão, mas com mando do rival. 
 
O resultado aumenta a pressão da torcida sobre o trabalho de Levir Culpi, especialmente pela atuação apática e cheia de erros do time, que foi completamente dominado pelo Cerro Porteño e exibiu desorganização defensiva, o que facilitou a construção da goleada, mesmo após o time abrir vantagem em Assunção. E ainda sofreu com falhas de jogadores experientes da defesa, como Victor e Fábio Santos. 
 
O JOGO - O início do jogo indicou que o Atlético teria dificuldades no Paraguai. Embora parecesse bem postada, a defesa dava espaços ao Cerro e ainda cometeu um erro com Adílson, que rendeu uma oportunidade para o time paraguaio. E, mesmo precisando da vitória, apostava nos contra-ataques para surpreender o adversário. Ainda assim, conseguiu largar na frente, aos 18 minutos, quando a bola sobrou para Luan, que cruzou rasteiro para Ricardo Oliveira empurrar a bola às redes.
 
O gol precoce era importante para a estratégia atleticana de apostar nos contra-ataques para assegurar a vitória, mas logo a estratégia ruiu diante de um Cerro que até então era pouco perigoso, a não ser por um gol bem anulado de Victor Cáceres. Primeiro, aos 30 minutos, Acosta empatou o duelo em cobrança de falta que desviou em Ricardo Oliveira, impedindo a defesa de Victor. Logo depois, veio a virada. Aos 33, Carrizo tabelou com Villasanti e chutou colocado, fazendo 2 a 1. 
 
O Atlético-MG sentiu o peso da virada e falhou mais duas vezes, permitindo que o Cerro fosse ao intervalo com o placar de 4 a 1. Aos 35 minutos, Fábio Santos errou feio ao tentar sair tocando, deixando a bola com Cáceres, que driblou fácil Igor Rabello e bateu alto. Já aos 43, Igor Rabello e Victor, que havia saído do gol, trombaram, a bola sobrou para Larrivey, que, livre, empurrou a bola para as redes. 
 
Assim, o único fato negativo da etapa inicial para o Cerro Porteño foi a lesão de Amorebieta, que foi levado de ambulância para um hospital com suspeita de fratura na costela. 
 
Sem alterações para o segundo tempo, o Atlético-MG manteve a postura passiva. E levou um susto logo no minuto inicial, quando Larrivey acertou o travessão. O Cerro, soberano, ainda desperdiçou outras oportunidades diante de um adversário abatido, mas, aos poucos, foi diminuindo o ritmo. 
 
Levir promoveu três alterações no Atlético-MG, com as entradas de Chará, Vinícius e Nathan, mas o time não melhorou a sua produção ofensiva. E, diante de um adversário desinteressado, mas apoiado por repetitivos gritos de olé, acabou sendo batido por 4 a 1, resultado que o deixa praticamente fora da Libertadores. 
 
FICHA TÉCNICA:
CERRO PORTEÑO 4 X 1 ATLÉTICO-MG 
CERRO PORTEÑO - Rodrigo Muñoz; Juan Escobar, Marcos Cáceres, Fernando Amorebieta (Espínola) e Marcos Acosta (Saiz); Villasanti, Víctor Cáceres, Juan Aguilar e Federico Carrizo; Joaquín Larrivey (Churín) e Nelson Haedo Valdez. Técnico: Fernando Jubero.
ATLÉTICO-MG - Victor; Guga, Leonardo Silva, Igor Rabello e Fábio Santos; Adilson, Elias (Nathan) e Cazares (Vinícius); Luan (Chará), Ricardo Oliveira e Maicon Bolt. Técnico: Levir Culpi. 
ÁRBITRO - Wilmar Roldán(Fifa/Colômbia). 
GOLS - Ricardo Oliveira, aos 18, Marcos Acosta, aos 30, Federico Carrizo, aos 33, Victor Cáceres, aos 35, Joaquín Larrivey, aos 43 minutos do primeiro tempo. 
CARTÕES AMARELOS - Juan Aguilar, Espínola e Maicon Bolt. 
RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis. 
LOCAL - Estádio General Pablo Rojas, em Assunção (Paraguai).

Por Leandro Silveira
Estadão Conteúdo
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais