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Vigilância Sanitária orienta sobre recolhimento de lotes de medicamentos para hipertensão no Estado

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A Anvisa vem adotando uma série de medidas após a detecção de impurezas, chamadas de nitrosaminas, no princípio ativo “sartana”, que é um dos ingredientes utilizados na fabricação de medicamentos para o tratamento de hipertensão arterial (pressão alta). Uma das medidas já executadas pelo órgão foi a determinação do recolhimento de lotes específicos do produto, visando a proteção da saúde da população.

No Piauí, as vigilâncias sanitárias municipais estão sendo orientadas pela Diretoria de Vigilância Sanitária do Estado (Divisa), através de ofício circular, informando as medidas a serem adotadas, conforme determinação da Anvisa, bem como encaminhando a lista disponibilizada onde constam os medicamentos, princípio ativo, dosagem e lotes a serem recolhidos.

Ao identificar o medicamento com o lote citado, os munícipios deverão determinar imediatamente que o comerciante faça o recolhimento e comunique ao fabricante ou distribuidor, para eles retirem os produtos do comércio.

Outra medida tomada pela Divisa foi a determinação para que as distribuidoras façam a rastreabilidade e o recolhimento voluntário dos medicamentos em casos de identificação dos mesmos. As distribuidoras deverão ainda comprovar o cumprimento da ação junto a Vigilância Sanitária do Estado. “Nós vamos intensificar a fiscalização nas distribuidoras para monitorar se a determinação está sendo cumprida”, acrescentou a diretora.

A Anvisa e as autoridades sanitárias internacionais estão avaliando os medicamentos contra a hipertensão arterial com princípios ativos do tipo “sartanas”, como a losartana, valsartana, candesartana, olmesartana e irbesartana. Esses medicamentos são comumente utilizados para tratar pacientes com pressão alta, para auxiliar na prevenção de ataques cardíacos e derrame.

As impurezas encontradas nas “sartanas” são classificadas como prováveis ou potenciais carcinogênicos para seres humanos, o que significa que a exposição em longo prazo, pode aumentar o risco de se desenvolver câncer, ou seja, não há risco de saúde imediato associado ao uso dos medicamentos à base das “sartanas” contendo essas impurezas.

A preocupação com a contaminação de medicamentos é porque estes não devem trazer risco adicional aos pacientes que os consomem, uma vez que esses medicamentos devem ser tomados diariamente e, muitas vezes, pelo resto da vida do paciente.

É importante ressaltar, que os pacientes que tomam medicamentos contendo “sartanas” devem continuar usando seu medicamento, a menos que tenham sido aconselhados a parar pelo médico. Os pacientes podem consultar a lista completa disponibilizada pela Anvisa através do link  http://portal.anvisa.gov.br/documents/219201/4340788/Produtos+Recolhidos+v4.pdf/18b9d723-1b31-400c-950e-8df3aa35f0c2

“Caso o medicamento de uso esteja nessa lista é importante que o paciente não interrompa o tratamento e procurar o seu médico”, ressaltou, Tatiana Chaves.

Existem no mercado outros medicamentos equivalentes terapêuticos, com os mesmos princípios ativos e concentração que são substituíveis por um medicamento que teve o lote recolhido. O paciente somente deve trocar de medicamento quando já tiver o novo em mãos, pois a interrupção do tratamento da hipertensão pode produzir malefícios instantâneos, inclusive risco de morte por derrame, ataques cardíacos e insuficiência renal.

Apesar das novas informações sobre a presença de nitrosaminas em medicamentos, a Anvisa reitera que os medicamentos contendo “sartanas” são seguros e eficazes no controle do tratamento de hipertensão e insuficiência cardíaca, reduzindo significativamente o risco de derrame e infarto.

Da Redação
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