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“Os preços tendem a subir”, diz economista sobre gasolina e gás de cozinha

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A previsão econômica é de novos reajustes no preço da gasolina e gás de cozinha. A variação, que representa um aperto no orçamento das famílias brasileiras, é apontada como um reflexo da política econômica internacional.

O litro da gasolina já chega R$ 5,0 em alguns postos de Teresina e o valor do botijão de gás a R$ 82 em Picos, interior do estado. Os preços são fruto dos últimos ajustes de 3,5 % na gasolina e 5% no gás de cozinha.

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás do Piauí, Sindirgás- PI, Tiago Pinheiro, além do preço da gasolina, o custo do gás está relacionado à qualidade das estradas. A maioria dos botijões distribuídos em Teresina vem de São Luiz e Fortaleza. “As estradas ruins encarecem o custo”, disse.

Para a gasolina, o valor internacional do petróleo afeta diretamente no custo do preço no Brasil, que produz 80% do combustível consumido. De acordo com o presidente do Sindicato dos Postos no Piauí, Alexandre Valença, a valorização do dólar sobre o real é um dos fatores de aumento. “Dói não só na população como no dono do posto”, revela.

O economista Fernando Galvão explica que a medida de seguir o preço internacional do barril de petróleo foi tomada desde o governo Michel Temer. Segundo ele, há indicativos de que o mercado internacional continue proporcionando aumento na gasolina. “Os preços tendem a subir. Existem pressões que tendem aumentar ainda mais”, alertou.

A crise em países produtores de petróleo como Venezuela, Líbia e países árabes atinge o mercado internacional e, consequentemente, o mercado brasileiro.

Foto: Letícia Santos/Cidadeverde.com

Redução de impostos

Para o economista, uma reforma tributária seria ideal para reduzir os impostos que encarecem o preço.

Os valores da Petrobrás variaram de 37% (gasolina) e 33% (gás de cozinha). O valor das distribuidoras sobre os preços da gasolina e do gás é de 11% e 40%, respectivamente. “Mercados concentrados de poucos e grandes distribuidores que acabam tendo uma vantagem sobre os consumidores o que acaba passando (no preço) para o consumidor final”, explica Galvão em entrevista a TV Cidade Verde.

Valmir Macêdo
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