Fotos: Fábio Lima/Cidadeverde.com
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Em entrevista no Jornal do Piauí desta sexta-feira (26), o advogado Nazareno Thé defendeu que a prisão do delegado Wendell Reis, ex-titular do 11º Distrito Policial (Piçarreira, zona leste) foi um flagrante preparado, sem ocorrência de crime. Além de defender a inocência dos clientes, o delegado e dois agentes, ele afirmou que o pagamento de fiança a Wendell foi precipitado e pode atrapalhar o acusado na defesa de sua inocência.
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"Quem pediu a (liberdade) do Wendell não fui eu. Eu também não pediria a do delegado. Foi uma precipitação na busca da liberdade", disse Thé, explicando que um advogado amigo da família do delegado agilizou o pagamento da fiança e soltura do acusado na noite da última quinta-feira. Nazareno disse que não pedirá a liberdade dos agentes Antônio Tibúrcio e Raimundo Felicíssimo, este último chefe de investigação do 11º DP.
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Nazareno Thé ainda contestou não só a prisão em flagrante, como a própria existência de um crime contra os três clientes. Ele contestou a posição do delegado geral de Polícia Civil, James Guerra, de que houve um flagrante esperado, e disse que o flagrante foi preparado pela polícia. "Não concordo com o James. Ele está se posicionando de acordo com sua profissão. Qual seria o posicionamento dele? Vai responder por um crime de prevaricação?", indagou.
O advogado defendeu que toda a ação aconteceu de forma simulada. Disse que a vítima da suposta extorsão é conhecida na região por envolvimento com o tráfico de drogas e foi instruída para gravar toda a cena e avisar a polícia para efetuar a prisão. "Não existiu um flagrante porque não houve crime. [...] Será que isso não é um flagrante preparado? Será que não houve uma escolha de local, de palavras?", disse Thé, defendendo que a condição de crime cai por terra porque houve uma simulação.
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Se a prisão foi irregular, também há possibilidade de punição dos culpados, na visão do advogado. "O flagrante não existiu e alguém foi preso. Vamos discutir isso num ambiente diferente do policial", afirmou Thé, anunciando que o caso deve ir a todos os tribunais, inclusive o STJ - Superior Tribunal de Justiça -, e que ainda irá analisar a postura de cada um dos envolvidos para cobrar punições.
Fábio Lima
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