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Caminhada da Fraternidade incentiva o abraço e aproxima fiéis em Teresina

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Por Hérlon Moraes - Cidadeverde.com
[email protected]


Um gesto simples, mas que representa um grandioso laço entre as pessoas. O abraço é uma das principais demonstrações de carinho dos seres humanos. Principalmente nos dias de hoje, onde as redes sociais afastam cada vez mais as pessoas do convívio. É tão importante que é capaz de curar, confortar e tornar a vida mais leve. Além de reduzir o estresse e até a pressão arterial, o ato de abraçar libera um hormônio chamado oxitocina, responsável pelo bem-estar e pela sensação de felicidade. E foram assim, felizes, que 60 mil pessoas participaram da 24º edição da Caminhada da Fraternidade neste domingo (9), em Teresina. A multidão fez jus ao tema “Abraço, nosso laço com o outro” do começo ao fim do percurso, que teve início na avenida Frei Serafim e término na Ponte Estaiada, na avenida Raul Lopes.

O primeiro abraço do dia foi dado pelo arcebispo metropolitano de Teresina, Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho, durante a tradicional celebração, que este ano voltou a ser realizada no adro da Igreja de São Benedito, ainda fechada para recuperação estrutural. 

"É um marco que por 24 anos dá um toque para a nossa arquidiocese como comunidade viva, atuando. Estamos aqui reunidos como estávamos em Jerusalem. Sem nenhuma dúvida.  Estamos unidos na mesma fé: o laço de amor e fraternidade", afirmou Dom Jacinto aos fiéis.

Para ele, a Caminhada da Fraternidade é o abraço de fraternidade que os mais pobres esperam. "É uma caminhada de irmãos onde não há indiferença. Temos aqui uma diversidade de identidades culturais. É um abraço de fraternidade daqueles que esperam por nós", declarou.


Fiéis se abraçam durante a Caminhada da Fraternidade (Foto: Hérlon Moraes)

Rodeada de seminaristas, a dona Maria das Dores Lima, 77 anos, não ligava para o sol forte e prestava atenção na missa até ser questionada sobre o significado do abraço. A resposta foi uma aula de experiência e motivação.

"Achei um tema maravilhoso, pois se todo mundo se abraçasse, tudo seria diferente, teríamos mais união e paz. O mundo precisa muito. Um abraço diz muito, melhor do que qualquer palavra", afirmou a idosa, que não falta uma caminhada e acolhe seminaristas há 27 anos.


Dona Maria das Dores recebe abraços dos seminaristas

O produtor Yazzo Barradas acordou cedo para celebrar o abraço e a vida na Caminhada da Fraternidade. Em abril de 2017 ele sofreu um infarto que o fez mudar totalmente seu estilo de vida. Hoje, 52 quilos mais magro, agradece a Deus pela segunda chance.

"Eu me sinto bem quando abraço uma pessoa. Me sinto maravilhoso. Eu passo energia positiva pra pessoa e ela pra mim. Me sinto bem. Passei por um problema de saúde e estou vindo aqui agradecer a Deus essa nova chance que ele está me dando. Pra mim eu nasci ontem. Estou feliz com a vida e com essa nova chance. Hoje cuido da minha vida como se fosse o início de tudo", afirmou, deixando um recado.

"Os eletrônicos estão tomando conta e precisamos dar mais atenção a Deus", ressaltou.

O Francisco Josué, de 24 anos, definiu o abraço com um gesto de conforto com o próximo. "O abraço pra mim significa conforto, principalmente quando a pessoa passa por um momento de desespero. Sem abraço é como se você não vivesse a vida. São muitas pessoas que sentem falta de um abraço da família, bem como dos amigos. Um gesto tão simples", afirmou o estudante, que aproveitou para elogiar os temas abordados pela Igreja.

"A cada dia a Igreja vem me surpreendendo. Se a gente for parar pra pensar, cada tema tem um significado marcante. A do ano passado, que abordou as diferenças, me marcou muito", lembrou.


Francisco ( da direita pra esquerda) diz ter se surpreendido com os últimos temas da Caminhada da Fraternidade

O abraço significa a acolhida

A Irmã Natividade definiu a Caminhada da Fraternidade como um evento onde as pessoas experimentam o amor ao próximo. "Pra mim é de grande valor poder participar desse momento. Aqui a gente experimenta o amor para com o outro. Quando eu soube que seria esse tema, não imaginei que seria de outra forma: demonstração de amor com o outro. O abraço significa a acolhida. Presenciar esse tanto de gente aqui significa que no coração do ser humano existe o amor, e não só consigo, mas com o outro. Tudo isso significa a manifestação do amor de Deus que alcança o outro", disse.

Sentadinha e com uma sombrinha rosa se protegendo do sol, a dona de casa Jesus de Sousa Moraes ouvia atentamente a missa antes de iniciar mais uma Caminhada da Fraternidade. Para ela, que saiu do Planalto Uruguai para participar do evento, o momento é de reflexão.

"Se todo mundo se abraçasse com amor no coração a vida era outra. A gente teria paz. Se todo mundo pensasse assim. É tão bom presenciar tanta gente reunida, sentir o amanhecer num ambiente de paz", destacou.

Para ela, as pessoas estão se afastando uma das outras por conta da internet. "Ninguém conversa mais. Se você conversa não tem atenção. Por causa da internet as coisas vão se distanciando e a violência aumentando. Só Deus mesmo. Se todo mundo respeitasse o seu próximo, as coisas não seriam assim. A vida é tão boa e o mundo é tão lindo, mas tem essas coisas que atrapalham", lamentou.

A acadêmica de Nutrição, Mariane Faquenete, resumiu o tema da caminhada em duas palavras: amor e carinho. "O abraço pra gente é fraternidade, amor, carinho. É uma forma de retribuir ao outro. O abraço alivia e aproxima a gente do outro", disse.


Ajudantes voluntários se abraçam durante a Caminhada da Fraternidade

Precisamos nos abraçar

Um dos momentos mais marcantes da Caminhada da Fraternidade é quando seu idealizador, o monsenhor Tony Batista, conclama a multidão a refletir. Em 2019, o alerta veio para que as pessoas evitem o isolamento e valorizem o abraço. 

"Neste mundo de tanto egoísmo, isolamento, de exclusão, precisamos valorizar o abraço. Precisamos nos abraçar. Este é o laço irmãos, do nosso abraço, o abraço da Caminhada da Fraternidade. Não estamos somente vestindo uma camisa, mas abraçando com o corpo, abraçando com o coração, a mente e a alma. Abraçamos uma causa, a causa dos mais pequeninos do senhor. Abraçamos os pobres que ajudamos com a Caminhada da Fraternidade. Abraçamos os portadores do vírus HIV, onde tudo começou. Abraçamos a nossa Mãe Igreja de Teresina, que busca ser uma Igreja em saída", afirmou.

Igreja São Benedito, uma causa para abraçar

Fechada há quase 3 anos por conta de problemas estruturais, a Caminhada da Fraternidade serviu para convocar as pessoas a abraçarem a causa para que um dos principais marcos religiosos da capital volte a acolher seus fiéis.

"Vamos abraçar também a causa da Igreja de São Benedito. Ela é nossa. Não espere ninguém de fora não. Se os pobres abraçarem essa igreja ela será reaberta. Eu dizia isso com o Santuário de Santa Cruz. Enquanto forem esperar pelos ricos, ela não será reaberta não. Os pobres reabrem. Ela é nossa. O caminho é esse. Não são as grandes empresas não, somos nós", declarou, agradecendo o teresinense por mais um ano caminhando pelos mais fracos.

"Teresina é uma cidade solidária. Nunca se esconde, ela sempre responde com dignidade, amor e generosidade. As ruas ficaram cheias de pessoas. O tema foi muito bom. Estamos vivendo o momento de ódio e intolerância e o abraço aconchega. Nós somos irmãos. A diferença não nos faz inimigos, por isso precisamos nos abraçar", ressaltou.

A Igreja de São Benedito foi construída em 1886 pelo arquiteto italiano Frei Serafim. Para concluir a reforma são necessários cerca de R$ 1 milhão. As doações podem ser feitas através de uma vaquinha virtual. Clique no link e ajude http://vaka.me/525130

Portadores de abraço

O abraço promovido pela Caminhada da Fraternidade neste domingo não fica só nas ruas. Ele ecoa o ano todo de diversas maneiras. O evento ajuda projetos sociais na capital do Piauí como o Centro Maria Imaculada, o Lar de Misericórdia e o Lar da Fraternidade. Este último é o responsável por abraçar a causa dos portadores de HIV que procuram atendimento em Teresina, mas não têm onde se hospedar.

O Lar da Fraternidade foi criado em 1995 pela Ação Social Arquidiocesana (ASA). Surgiu numa época onde a AIDS matava 9,7 pessoas para cada 100 mil habitantes. A casa de passagem tem capacidade para atender até 35 pacientes.

"Ele surgiu em 1995 quando a AIDS foi muito latente aqui em Teresina. No Hospital Natan Portela muitas pessoas eram diagnosticadas e logo vinham a óbito ou então precisavam de cuidados, mas não era necessário ficar no hospital. Foi aí que a Arquidiocese de Teresina, através do Padre Tony, se sentiu tocada. Os portadores ainda hoje são excluídos, mas no início, há 25 anos, isso era mais forte e evidente", afirma a coordenadora do Lar da Fraternidade, Mara Pinheiro.

O modelo de acolhimento surgiu após uma viagem do então diretor do Hospital Natan Portela, Carlos Henrique Nery Costa. "O Doutor Carlos Henrique - que era diretor do Natan Portela - viajou e viu essa forma de ajuda. A arquidiocese acolhia de dez a onze pessoas na casa onde Dom Miguel morava. Eles acolhiam as pessoas para morrerem dignamente. O Lar da Fraternidade cuidava dessas pessoas, dava banho, dava comida e ficava ao seu lado naqueles últimos instantes. Começou a se pensar um jeito de manter essa casa, pois só de doação e serviço voluntário era bem difícil", conta.

Para isso, foi idealizada a Caminhada da Fraternidade. Ao longo dos últimos 24 anos, todo o recurso arrecadado na venda dos kits do evento ajudam a manter o Lar, além dos outros projetos da ASA. "A casa se mantém com o recurso arrecadado da venda dos kits, exclusivamente. Temos uma parceria com a FMS, Mesa Brasil, mas não seria o suficiente. Temos folha de pagamento e quem mantém esses funcionários e as despesas são os recursos. A caminhada foi feita para o Lar da Fraternidade", explica.

Triagem diretamente no hospital

A coordenadora ressalta que os pacientes que precisam se hospedar em Teresina para tratamento não devem se dirigir diretamente ao Lar da Fraternidade. A triagem é feita diretamente no Hospital Natan Portela e nos Serviços de Atendimento.

" Quem chega aqui diretamente por falta de informação, a gente encaminha para o hospital. Só fica no Lar da Fraternidade hoje as pessoas que estão em algum andamento com o SUS. Funciona assim: a pessoa está em Teresina para ser atendida e o médico não foi, o carro que trouxe o paciente teve que voltar, e ele não tem como se manter. Nesses casos, onde a pessoa não tem onde ficar, o próprio Hospital Natan Portela tem um serviço social que faz o contato com o Lar solicitando a vaga. Eles já sabem o perfil do paciente do Lar, que precisa estar em teste ou tem que estar comprovado, ou é acompanhante de quem está em tratamento ou é o próprio paciente que precisar estar em Teresina, pois o médico deseja tratar outras doenças. Ai a gente acolhe com o encaminhamento deles ou de qualquer outro SAI - que é o Serviço de Atendimento", explica.

Ela destaca que os pacientes que passam pelo Lar da Fraternidade não desembolsam nada para ficar no local. "A casa acolhe as pessoas que estão em Teresina para motivos de tratamento. Eles não moram no Lar, eles se hospedam e, a partir daí, tem a alimentação, o transporte. Eles não têm custo nenhum ao adentrar o Lar da Fraternidade. Esse é o nosso papel", conta.

Mara Pinheiro chama atenção que, apesar do que muitos imaginam, o Lar da Fraternidade é um local de alegria. "Mensalmente temos uma celebração para trabalhar o espiritual dos pacientes. Nós somos igreja e trabalhamos isso com eles. Os portadores de HIV não morrem mais como na década de 90. Quando o paciente é diagnosticado no hospital e ele vem pra cá, isso dá uma perspectiva de futuro. Isso é positivo na vida deles. Aqui na casa ele vai conviver com pessoas que estão há muitos anos com HIV. Isso gera uma forma de refletir. A casa não é de tristeza como muita gente pensa. O preconceito ainda existe, mas hoje já tem paciente que encara tudo de frente", afirma, destacando que a dificuldade para arrumar emprego é um dos principais problemas na vida de um soropositivo.

"Todos são de baixa renda e com o HIV se torna pior, pois não conseguem trabalhar", ressalta.

"Abraço, nosso laço com o outro"

A coordenação do Lar comemorou o tema da Caminhada da Fraternidade de 2019. Segundo Mara Pinheiro, foca o que mais a instituição faz: abraçar o próximo. "Tem tudo a ver. O tema é a concretização do serviço prestado pelo Lar da Fraternidade. O abraço é o gesto concreto do que a gente faz. A gente abraça a causa deles. Foram eles os acometidos pelo vírus HIV, mas somos nós que queremos facilitar essa vivência. Nós queremos abraçá-los no que tange o acolhimento, a assistência. Nós abraçamos de fato a causa deles. É a mesma causa em um só abraço", finalizou.

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