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FMS chamará clínicas privadas para reduzir filas de espera pelo SUS

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O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Charles Silveira, confirmou ao Cidadeverde.com que a Prefeitura de Teresina  publicará um edital de chamamento público para conseguir reduzir as filas de esperas em consultas de áreas médicas especializadas. O edital está previsto para ser lançado em julho. 

Em entrevista nesta terça-feira (25), Charles Silveira afirmou que "o chamamento público é uma necessidade diante da constatação de que as unidades públicas não têm capacidade para atender toda a demanda da cidade".  Por isso, a demora no atendimento em consultas especializadas, que podem levar de três meses ou mais para ocorrer. Dentre as filas de espera citadas por Silveira estão as de neurologia e oftalmologia.

O gestor afirmou que a legislação permite chamar clínicas e hospitais privados para prestar serviços de maneira complementar dentro das regras estabelecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "Por isso, fizemos um estudo, um levantamento das grandes filas, pra reduzi-las".

Silveira participou de uma reunião com o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), hoje, para discutir essa questão.

"O prefeito nos pediu a possibilidade de realizar mutirões no Lineu Araújo para acelerar o processo de diminuição dessas filas. Não são apenas consultas, pois também temos a necessidade de determinados tipos de exames, que serão efetivados neste chamamento público". 

O presidente da FMS ressaltou que, antes de iniciar o chamamento público, todas os hospitais e clínicas privados serão notificados para saber qual deles têm interesse para ampliar o atendimento pelo SUS. 

Foto: Ascom/FMS
 

Paciente do SUS, a professora Vera Brito disse ao Cidadeverde.com que aguardou quase três meses para uma consulta na ortopedia do Lineu Araújo. Feita a consulta em dezembro de 2018, passado seis meses, afirmou que ainda não recebeu a autorização para o retorno.

"É muito complicado, a demora não é de dias, são meses de espera até a consulta ser agendada, autorizada e feita. Ainda tem a demora para fazer os exames e o retorno da consulta. Tirando que é tanta gente marcada pra um só dia, que a gente precisa chegar com umas duas, três horas de antecedência para conseguir atendimento", desabafou a usuária.

Outro problema citado pela professora é a rapidez na consulta, aguardada muitas vezes há meses. "Eu nem culpo o médico pelo atendimento rápido porque é tanta gente esperando que ele não consegue dar uma atenção melhor (para cada paciente). A gente se submete a isso porque não tem outra alternativa", conta Brito.

Sobre o chamamento público para ampliar o atendimento pelo SUS, a professora conta que é uma esperança aos que dependem da rede pública de saúde. "Qualquer coisa que venha para melhorar esse atendimento será bem-vindo, nós precisamos", finalizou. 



Chales Silveira - Foto: Letícia Santos
 

Carlienne Carpaso
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