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Holanda vence Suécia, e final consagra técnicas na Copa feminina

Elas eram 9 dentre 24 seleções na fase de grupos. Tornaram-se maioria nas quartas de final. Agora, com a vitória da Holanda sobre a Suécia por 1 a 0 nesta quarta (3), duas treinadoras mulheres vão decidir a Copa do Mundo de 2019.

Na final, as holandesas enfrentam os Estados Unidos, que bateram a Inglaterra na terça (2). O jogo será no próximo domingo (7), às 12h (de Brasília), e terá o encontro entre as técnicas Jill Ellis (EUA) e Sarina Wiegman (HOL).

Até aqui, apenas duas técnicas foram campeãs na Copa do Mundo, a própria Ellis, em 2015, e a alemã Silvia Neid, em 2007. Essa é apenas a segunda participação da Holanda em Mundiais.

O gol da semifinal foi marcado por Jackie Groenen, aos 8 minutos do segundo tempo da prorrogação, que veste a lendária camisa laranja com o número 14 às costas, assim como Johan Cruyff.

Groenen, 24, que foi campeã nacional de judô quando mais jovem, já usava a numeração no Frankfurt, seu clube até o fim da temporada 2018-19, quando foi para o Manchester United. A paixão pelo futebol veio de seu pai, um grande admirador de Cruyff.

Britânica natural de Portland, Jill Ellis, 52, foi viver no país americano na década de 1980. Lá, foi jogadora de futebol em uma carreira breve antes de tornar treinadora de times universitários e depois nas divisões de base do país.

Virou assistente da seleção em 2008, passou a diretora de desenvolvimento do futebol no país (cargo que ocupa até hoje) e, em 2014, tornou-se a treinadora principal. Um ano depois, comandou os Estados Unidos na conquista do tri mundial no Canadá.

Sua família traz o futebol de quando morava na Inglaterra. Seu pai, John, foi um dos responsáveis por implementar um programa de fomento ao esporte em Trinidad e Tobago. Um de seus irmão, Paul, foi treinador de times universitários e regionais.

Sarina Wigman, 49, foi uma das principais jogadoras da história do futebol feminino holandês. Atuou pela seleção entre 1987 e 2001, participando inclusive da edição teste da Copa do Mundo, em 1988. No seu último ano como atleta, se tornou a primeira holandesa com 100 partidas pelo time nacional.

Começou a treinar times do futebol feminino de seu país em 2003, até tornar-se assistente da seleção em 2014. É treinadora principal desde 2017 e uma das principais responsáveis pelo crescimento recente da modalidade no país.

A Holanda participou de um Mundial pela primeira vez em 2015, quando chegou às oitavas de final. Sob o comando de Wigman, venceu pela primeira vez a Euro, em 2017, e em 2020 o país disputará sua primeira Olimpíada no futebol feminino.

Pelo retrospecto recente, o futebol feminino começa a tornar-se uma febre no país europeu. A vitória sobre o Japão que colocou as holandesas pela primeira vez nas quartas de uma Copa do Mundo teve mais audiência no país, por exemplo, que a final da Liga das Nações, entre Holanda e Portugal.

Agora, a final da Copa colocará frente a frente, além das duas mulheres, a maior hegemonia do futebol feminino contra um país que, em cerca de dois anos, deixou o anonimato para ganhar os holofotes do mundo esportivo.

Fonte: Folhapress

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