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Amanda Nunes descarta parar e prevê luta dura por título contra Holly

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Desde que começou sua trajetória no UFC, Amanda Nunes já derrotou diversas atletas que foram campeãs da organização. Ronda Rousey, Miesha Tate, Valentina Shevchenko e Cris Cyborg foram algumas atletas que sofreram contra a brasileira. 

Agora, chegou a hora de derrotar mais uma representante do seleto grupo de mulheres que já ostentaram um cinturão da organização: a norte-americana Holly Holm.

A brasileira fará o co-evento principal do UFC 239, que acontece neste sábado (6), em Las Vegas, nos Estados Unidos. E pela frente ela terá uma adversária que, assim como ela, é uma das poucas a ter vencido Ronda, a responsável por abrir as portas do UFC para as mulheres.

"A Holly lutou com as maiores da categoria. Independentemente se ela está vindo de derrota ou não, foi main event de vários shows, lutou com a Cris Cyborg, fez uma luta duríssima, ganhou da Ronda. A Holly tem uma história, foi campeã de boxe, ex-campeã do UFC. Se parar pra pensar, foi uma boa escolha pra defender o cinturão", analisou a campeã.

Conhecida por seus golpes potentes, Amanda garante que não mudará seu estilo para enfrentar Holly, que é uma striker de alto nível e que fez carreira de sucesso no boxe.

"A Holly é perigosa, movimenta bem, tem boxe e kickboxing apurado. Sei que a Holly é uma atleta inteligente, sei que ela está treinando clinch, foi o que ela usou contra a Cris. Sei que está trabalhando chão, ela usou contra a Megan. Hoje pode-se dizer que ela está evoluindo bastante e se tornando boa em todos os aspectos. 

Estou preparada para todos os momentos, se ela quiser partir para a trocação, se ela quiser entrar para agarrar, tentar baixar o meu nível de gás com clinch na grade, tudo isso. Ela permanece muito forte em todos os rounds, tenho que estar preparada para lutar com ela e aproveitar todos os erros", explicou Amanda.

Após a vitória sobre Cris Cyborg, Amanda indicou que poderia pendurar as luvas depois da sua luta contra Holly, em um anúncio que pegou muitas pessoas de surpresa. No entanto, essa ideia já não passa mais pela cabeça da campeã.

"Minha mãe vinha me pedindo para parar. A última luta foi muito grande, foi muito pesado para minha mãe. A Cris era a mulher mais temida da face da Terra, eu vindo da categoria de baixo, 'magrelinha', minha mãe ficou bastante preocupada com a luta. A entrevista foi depois de ter conversado com a minha mãe. 

Mas aí cheguei aqui, nos Estados Unidos, coloquei o pé no chão e decidi que tenho que continuar. Agora que as coisas estão acontecendo, eu vou parar? Eu sou lutadora, se parar, vou fazer o quê? Voltar a estudar? Voltar para o futebol? Eu quero continuar a lutar. Tenho 31 anos, não tenho nenhuma lesão, nunca fiz cirurgia, nada. Dá para continuar, sim. Mudei de ideia, não demorou muito, não", salientou Amanda.

Questionada sobre os seus planos para o futuro, Amanda despistou ao analisar as possibilidades que surgem no horizonte. Após dizer que gostaria de descer para o peso-mosca para tentar conquistar o seu terceiro cinturão, a campeã foi mais cautelosa sobre seu futuro.

"Meu foco está no sábado. Acho que tudo pode acontecer depois dessa luta. Meu foco é a Holly", explicou Amanda, que também não quis confirmar se existe a possibilidade de fazer uma revanche contra Cris Cyborg.

"Depois dessa luta a gente pode falar mais sobre a Cris. É importante continuar mantendo o foco. Com certeza eu vou falar disso depois da luta quando estiver com meu novo cinturão", finalizou.

RODRIGO GARCIA
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) 

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