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Delegado confirma que "balas" com maconha e crack são distribuídas em escolas

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O delegado Odilo Sena, do 21º Distrito Policial, confirmou ao Cidadeverde.com que pílulas de maconha e crack estão sendo distribuídas em pelo menos três escolas da zona Sudeste. A distribuição está sendo realizada por organizações que comandam o tráfico de drogas na região. 

Na semana passada o pai de uma menina de 8 anos acionou a polícia após a filha chegar em casa com uma “balinha” com substância análoga à maconha. A criança contou que recebeu a pílula na escola onde estuda. 

O delegado Odilo Sena conta que desde o início deste ano está monitorando e prendendo pessoas ligadas ao tráfico de drogas. Ele afirma que, quando a pílula com droga não é entregue gratuitamente para os estudantes, os traficantes vendem as “balinhas” por R$ 0,15 ou R$ 0,40. 

Foto: Polícia Civil

“Essa organização atua em várias frentes. Agora não sabíamos que eles seriam tão canalhas ao ponto de entregar droga para crianças. É uma espécie de pílula de maconha com crack batido”, disse o delegado Odilo.

Desde o mês de março equipe do 21º DP realiza palestra nas escolas e em comunidades para conscientizar a população sobre as drogas. O delegado admite que o problema ganhou proporções preocupantes. 

“É um negocio sério. Já virou quase que uma epidemia. Se nada for feito,tudo vai piorar. Várias ondas de assalto, roubo nas regiões do Dirceu, 24º DP e zona Leste, são feitas por esses rapazes que ontem eram crianças viciadas. Desde março estamos trabalhando nos colégios, fazendo palestra, falando com  os presidente da associações dos bairros tentando melhorar esses aspecto”, acrescenta o delegado.  

Delegado Odilo realiza palestra nas escolas. Foto: Reprodução

Desde o início do ano 15 pessoas foram presas e indiciadas por tráfico na região. A Polícia Civil segue monitorando os grupos e prisões devem ser efetuadas.  

O delegado Odilo fez, ainda, um desabafo sobre a questão estrutural do 21º DP. Ele afirma que a delegacia está passando por uma “situação triste de abandono”. 

“As condições estruturais são péssimas. O delegado geral tem muita boa a vontade, mas a situação é de  calamidade. Temos problema de pessoal, abrangemos uma área em torno de quase 50 mil pessoas, extensão imensa que abarca os povoados da zona Sudeste e temos mal uma viatura pequena”, desabafou o delegado. 

 

 

Izabella Pimentel
[email protected] 

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