Quando terminou a Copa do Mundo na França a jogadora Márcia concedeu entrevistas defendendo a equiparação do futebol feminino com o masculino na questão salarial.
Créditos: Assessoria / CBF
Houve uma boa repercussão e o assunto segue ocupando espaços na imprensa brasileira. É justo que as jogadoras tentem uma evolução no setor, mas alguns aspectos da situação devem ser considerados, tais como:
- O decreto lei 3.199 de 14.04.1941, do CND, considerava que algumas práticas esportivas eram incompatíveis com a natureza feminina, como futebol, futebol de salão, lutas etc. A proibição durou até 1979. Foi aí que surgiram as primeiras equipes de futebol, como o Radar no Rio de Janeiro e o Saad em São Paulo.
A primeira convocação da uma Seleção Brasileira aconteceu apenas em 1988. A primeira Copa do Mundo foi disputada em 1991 na China, quando o Brasil ficou em 9 º lugar. A primeira Olimpíada veio em 1996 em Atlanta, nos Estados Unidos.
- Praticamente somente nos anos mais recentes passamos a ter o futebol feminino devidamente organizado pela CBF, cumprindo um calendário estadual e nacional. Os grandes clubes passaram a ter o departamento feminino com jogadoras registradas profissionalmente.
Os campeonatos estaduais e outras competições como Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro começaram a despertar atenções do público.
A evolução está bem encaminhada, mas atingir o mesmo patamar financeiro do futebol masculino ainda vai demorar um pouco. A Copa do Mundo disputada na França mostrou o crescimento técnico e teve uma excelente presença de público nos estádios.
Também houve um crescimento significativo nas transmissões de rádio e TV. As pesquisas mostraram níveis elevados de audiência para os jogos na TV.
A equiparação salarial com os homens ainda vai demorar porque depende muíto dos valores pagos pelos patrocinadores, mas está a caminho. É importante que Marta & Cia. sigam defendendo os seus objetivos. As mulheres merecem.
Dídimo de Castro
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