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Comunidades terapêuticas devem ser alvo de pesquisas científicas, aponta seminário

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A terceira edição do Seminário Internacional Sobre Drogas no Piauí inicia nesta quarta-feira (21) e vai até sexta (23) com a temática voltada para o impacto social da política sobre drogas nas famílias. O evento é direcionado para estudantes e profissionais da psicologia, assistência social, comunicação, direito, e para membros de iniciativas do setor de reabilitação, e deve apontar grupos de pesquisas em torno do tema. 

No Piauí atualmente cerca de 3 mil pessoas são atendidas por organizações de reabilitação.

Para o pastor José Gouvêia, o coordenador do seminário e diretor da Casa do Oleiro, centro terapêutico para dependentes químicos, as comunidades de tratamento devem se aproximar mais dos centros de pesquisa científica. Ele afirma que a prática empírica das comunidades tem demonstrado que o método funciona.

“Temos que nos atentar mais para a pesquisa científica. Nós temos como provar na prática mas não nos atentamos para provar cientificamente”, afirmou comemorando a parceria com a Universidade Estadual do Piauí (Uespi) nesta edição.

Roberta Aline/Cidadeverde.com

Em entrevista à TV Cidade Verde, o presidente da Frente Brasil contra as Drogas, 

Valmir Gomes, se manifestou contra a descriminalização da posse de drogas para consumo pessoas, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). 

“Nossa Política Nacional de Drogas estava caminhando para o Brasil, ao invés de enfrentar o problema, liberar as drogas para não ter que enfrentar. Quanto mais facilidade, mais acesso do jovem a droga. Quanto mais dificuldade mais dificuldade de acesso”, afirmou o presidente da frente.

Segundo José Gouêia, o Piauí está na vanguarda das comunidades terapêuticas filantrópicas com 700 vagas para tratamento. Os centros de recuperação do estado têm servido de modelo para outros projetos país afora, aponta o diretor da Casa do Oleiro.

Para os organizadores, a regulamentação dos grupos de mútua ajuda como o Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos e a sua integração na rede de Política Nacional de Drogas foi um dos avanços para o combate à dependência química no país. 

Valmir Macêdo
[email protected]

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