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Ceni recupera Fred após atrito com Mano e pior seca de gols pelo Cruzeiro

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Rogério Ceni conseguiu o que parecia impossível para o seu antecessor Mano Menezes -recuperar Fred no Cruzeiro.

O centroavante ficou 16 jogos sem marcar, entrou em rota de colisão com o antigo treinador e só voltou a estufar as redes após a chegada de Rogério Ceni à Toca da Raposa II.

Depois de um longo período sem balançar as redes, o camisa 9 marcou no jogo de estreia do novo comandante -o triunfo por 2 a 0 sobre o Santos- e no empate diante do CSA, na noite de domingo (25).

"Eu fiz isso [gols] na minha carreira inteira. E voltei a fazer o que sempre fiz. É uma característica que a gente ataca mais, mas a gente tem que se doar na defesa. Prefiro correr assim ajudando meus companheiros. Graças a Deus, tem dado tudo certo", disse o camisa 9.

A última vez que ele conseguiu um feito semelhante foi em abril passado. Ele marcou no empate por 1 a 1 com o Atlético-MG, na finalíssima do Mineiro, e também na vitória por 2 a 0 sobre o Deportivo Lara, da Venezuela, pela fase de grupos da Libertadores 2019.

A mudança de postura de Fred ocorre também depois da alteração da forma de atuar do time de Belo Horizonte. Antes focado em um jogo reativo, o time passou a atuar com uma postura mais ofensiva e sempre acionando o camisa 9.

Pouco tempo antes do pedido de demissão de Mano Menezes, o centroavante chegou a dizer que não se encaixava na forma de atuar do antigo comandante.

"Eu trabalho para voltar a ser titular, mas, enquanto isso não acontece, eu vou tentando ajudar no tempo em que eu estiver em campo, ou de alguma forma do lado de fora, independentemente de qualquer coisa. 

É lógico que a gente fica triste por sair do time, mas a gente entende, também, que é uma característica do Mano, de marcar bem lá atrás, com todo mundo, e sair no contra-ataque, e eu não encaixo nessas características dele", afirmou logo após a eliminação para o River Plate na Libertadores.

"A gente está jogando o jogo para fazer isso mesmo, para ganhar de 1 a 0, para passar de fase, principalmente nesses mata-matas. Está poupando todo mundo aí no Brasileiro, então é natural sofrer. 

No último jogo, jogamos com oito moleques, com muita personalidade, com muita qualidade, mas sem treinar com a gente. É normal sentir essa dificuldade, mas as características estão sendo para criar pouco, mas matar o jogo com os caras lá da frente, que são rápidos", acrescentou.

THIAGO FERNANDES
BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS) 

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