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Botafogo corre contra o tempo para evitar saída de atletas na Justiça

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A dificuldade financeira vivida pelo Botafogo chegou a um nível que poderá comprometer o futuro do clube. Com dois meses de salário atrasado, a diretoria inicia nesta sexta (6) uma corrida contra o tempo para evitar uma possível debandada de atletas por meio da Justiça.

Isso poderá ocorrer caso um jogador com três meses de salários atrasados decida acionar a Justiça para quebrar seu vínculo com o Botafogo. Nesse caso, o clube perderia todo o direito federativo e econômico desse atleta. A diretoria, portanto, tem até o dia 7 de outubro para corrigir a situação.

O UOL Esporte entrou em contato com vários dirigentes do Botafogo, que preferiram não comentar sobre a situação abertamente. O fato é que o receio de que essa situação realmente aconteça é real.

"A situação não é nada fácil e isso realmente é algo que pode acontecer. Não tem dinheiro. Esse ano o clube está sobrevivendo praticamente com a venda de atletas e, mesmo assim, com negociações que recebemos menos do que deveria porque sabem da atual situação do Botafogo. Pagam mal, mas não podemos negar", disse um membro da diretoria que preferiu não se identificar.

O dinheiro acabou até mesmo para pagar contas básicas. Na última terça-feira (3), o estádio Nilton Santos teve o fornecimento de água interrompido. A divida foi quitada graças ao ex-presidente Carlos Augusto Montenegro, que novamente realizou empréstimo. Esse tipo de operação tem sido comum, mas está com os dias contados.

É que os ilustres torcedores do Botafogo e que frequentemente botam dinheiro no clube estão em rota de colisão com a atual diretoria. Estão cansados de serem a única solução para o clube e fazem jogo duro.

Por outro lado, há o entendimento de que a situação deve melhorar com o projeto do clube virar empresa. A expectativa é que isso ocorra na virada para a próxima temporada. 

Portanto, os cardeais teriam que dar uma força pelos próximos meses. Inclusive, havia um acordo para que isso ocorresse, mas até agora não foi colocado em prática.

BERNARDO GENTILE
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS)

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