Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Os trabalhadores dos Correios entraram em greve por tempo indeterminado na última terça(10). Para tentar resolver o impasse, a empresa estatal entrou com um dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), nesta quarta-feira(11).
A Corte deverá avaliar o processo de negociação, ouvindo as partes, e o relator produzirá um voto que será analisado por um colegiado do tribunal, em sessão a ser posteriormente agendada.]
A empresa reiterou que tem executado um plano de saneamento financeiro para garantir sua competitividade e sustentabilidade.
“Desde o início de julho, a empresa participa de reuniões com os representantes dos empregados, nas quais foram apresentadas a real situação econômica da estatal e propostas para o acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado, atualmente na ordem de R$ 3 bilhões. As federações, no entanto, apresentaram reivindicações que superam até mesmo o faturamento anual da empresa”, informou em nota.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Piauí, Edilson Rodrigues, disse que estão em campanha salarial com o pedido de reajuste salarial de 3,79% em cima da inflação e o aumento real de 8%. Além disso, lutam contra a privatização dos Correios, que está sendo destruído há cerca de dois anos e teria se intensificado com o novo governo.
Rodrigues ressaltou que "o governo federal está sucateando a empresa para transparecer que é inviável a sua manutenção, e a gente entende que não é assim", defende.
A empresa informa que por conta da greve, já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas.
Da Redação
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