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Trabalhadores dos Correios suspendem paralisação até o dia 2 de outubro

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Foto: Reprodução/Cidadeverde.com

Após oito dias em greve por tempo indeterminado, os trabalhadores dos Correios do Piauí suspenderam temporariamente o movimento paredista e retornam às atividades a partir desta quarta-feira (18). O movimento segue orientação sindicalista nacional depois de negociação no Tribunal Superior do Trabalho. Outros estados também suspenderam a greve. 

A informação foi confirmada pelo diretor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Piauí (Sintect-PI), José Rodrigues.

A greve foi deflagrada no último dia 10 em campanha salarial com o pedido de reajuste salarial de 3,79% em cima da inflação e o aumento real de 8%. Os trabalhadores também se mobilizam contra a privatização dos Correios, que vem sendo estudada pelo Governo Federal

No último dia 12, as federações de sindicatos participaram de audiência de conciliação convocada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST)  após a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ingressar com o pedido de dissídio coletivo de greve contra o movimento grevista

O Ministro do TST Maurício Godinho Delgado apresentou uma proposta de prorrogação do atual Acordo Coletivo até a data do julgamento do dissídio, marcado para o dia 2 de outubro.

Segundo os Correios, até o momento com a negociação já ajuizada e não há garantias de novos acordos até a data do julgamento.

 “Continuamos em estado de greve e caso não houver nada de avanço nas nossas questões a greve será retomada, dependendo do resultado do dia 2 de outubro”, disse o sindicalista.

Segundo o sindicato, no Piauí são 1400 trabalhadores dos Correios distribuídos em cerca de 190 agências. A entidade assegurou que 70% paralisaram com o movimento. 

De acordo com os Correios, foi garantido um Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos da greve nos serviços para à população. Segundo levantamento divulgado pela empresa no início da paralisação, mais de 86% dos empregados estavam trabalhando normalmente no Piauí.

“Os Correios buscaram construir uma proposta de acordo coletivo de trabalho dentro das condições financeiras suportadas pelo caixa da empresa. As federações, por sua vez, reivindicam vantagens impossíveis de serem concedidas no atual momento da empresa e da própria economia do País”, diz a empresa em comunicado oficial.

 

Valmir Macêdo
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