Foto: Ascom Semar

Secretária em mutirão de limpeza no litoral do Piauí.

Após reunião com secretarias e órgãos ambientais do Nordeste em Recife (PE), a secretária de estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Sádia Castro, revelou nesta quarta-feira (30) que a situação de outros estados é assustadora e que os efeitos das manchas de óleo ainda são desconhecidos.

Sádia disse que na reunião os estados fizeram uma espécie de balanço dos impactos causados pela chegada do óleo e que o Piauí é um dos menos afetados. Enquanto que no litoral piauiense foram recolhidos pouco mais que 350 kg de materiais contaminados, outros estados chegaram a recolher mais de 1,5 mil toneladas de óleo, como Pernambuco, e 1,7 mil kg em Alagoas, onde a praia de Maragogi decretou estado de alerta máximo. 

“É uma situação assustadora para todos os estados. É uma grande quantidade de óleo. Já aconteceram outros acidentes com óleo no mar no Brasil mas nessas proporções nunca aconteceu”. 

Sádia também alerta para as dúvidas quanto às proporções do impacto ambiental. Segundo ela, ainda não é possível visualizar os efeitos da presença do óleo no meio ambiente.

“Isso tem efeitos a curto prazo, a médio prazo e quem sabe ao longo prazo. Não se sabe ao certo qual o impacto isso terá. Tanto para a biodiversidade, quanto para a população, quanto para a fauna, flora marinha, para a água. Os estados estão muito preocupados, especialmente esses estados que continuam surgindo manchas novas”.

O estado da Bahia foi o último estado a aparecer ocorrências das manchas, mas atualmente é um dos mais afetados com o surgimento de novas manchas de óleo.

Os estados estão fazendo parcerias com universidades do Nordeste e de outras regiões para investigar maneiras de reduzir os impactos ambientais e reaproveitar o material recolhido.

Valmir Macêdo
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