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Em clássico fraco, Cruzeiro empata com Atlético-MG e segue perto de zona de risco

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Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro

 

No calor da tarde de domingo em Belo Horizonte, Cruzeiro e Atlético-MG fizeram um dos jogos mais "frios" desta edição do Campeonato Brasileiro e terminaram o clássico mineiro, válido pela 32.ª rodada, com o placar em branco.

O empate por 0 a 0 foi reflexo das campanhas irregulares que as duas equipes têm feito na competição e manteve, principalmente o time cruzeirense, em uma situação de risco na luta para evitar o rebaixamento. Enquanto o Botafogo, 17º colocado, está com 33 pontos, a equipe comandada por Abel Braga, mesmo invicta agora há dez jogos, chegou apenas aos 35 pontos, em 15º lugar. O Fluminense, com 34, é o 16º. Os comandados de Vagner Mancini têm agora 40 em uma zona mais intermediária da tabela.

Na próxima rodada, o Atlético-MG volta a ser visitante encarando o Fluminense no sábado, às 19 horas, no Maracanã. Já o Cruzeiro faz outra partida no Mineirão, desta vez contra o lanterna Avaí, na outra segunda-feira, às 20h.

As duas equipes começaram o duelo no estádio da Pampulha com esquemas praticamente espelhados em um 4-5-1, mas a semelhança estava apenas no posicionamento tático. Era o Cruzeiro que tinha mais iniciativa ofensiva, ao mesmo tempo em que seu rival se recolhia e estudava mais suas ações, se posicionando praticamente todo atrás da linha da bola quando a posse não era sua.

A primeira boa oportunidade do duelo foi desperdiçada por Thiago Neves, aos 11 minutos. O meia recebeu passe de Marquinhos Gabriel pela direita e mandou um chute da entrada da área que passou próximo à trave esquerda de Cleiton.

Mesmo sem se expor muito no confronto naqueles instantes iniciais, aos 22, o Atlético-MG respondeu com um chute de média distância de Cazares, que assustou Fábio e pôs a bola a centímetros da meta cruzeirense.

Aos poucos, o time visitante foi adiantando suas linhas e começou a incomodar mais a defesa da equipe de Abel Braga. Aos 37, Fábio Santos por pouco não inaugurou o placar com um chute forte pelo lado esquerdo que acabou desviando em Cacá e beijando o travessão.

Logo na volta para o segundo tempo, a opção do treinador cruzeirense era evidente, ao trocar o meia Marquinhos Gabriel pelo atacante David: dar mais velocidade ao time nas retomadas. O clássico, entretanto, não trouxe nada de novo, com as duas equipes ainda falhando muito, individual e coletivamente, na tentativa de criar jogadas. O resultado disso era um jogo quase completamente desprovido de emoção, com a maior parte das chances proporcionadas apenas por lances de bola parada.

Contrariando a tendência, aos 22 minutos e aos 26, David participou de duas jogadas que levaram perigo a Cleiton, ambas pelo lado esquerdo. Na primeira, levantando a bola para cabeçada perigosa de Fred. Na segunda, obrigando o goleiro atleticano a espalmar chute perigoso que arriscou próximo ao bico da grande área.

Já o Atlético ainda perderia uma boa chance com Igor Rabello, aos 41, que chutou de voleio e teve a trajetória da bola desviada para escanteio pela zaga rival. Mas àquela altura qualquer alteração no placar se tornaria injusta, tamanha a má qualidade do confronto.

FICHA TÉCNICA:
CRUZEIRO 0 X 0 ATLÉTICO-MG
CRUZEIRO - Fábio; Orejuela, Cacá, Fabrício Bruno e Dodô; Henrique, Éderson, Robinho (Pedro Rocha), Thiago Neves (Ezequiel) e Marquinhos Gabriel (David); Fred. Técnico: Abel Braga.
ATLÉTICO-MG - Cleiton; Patric, Igor Rabello, Réver e Fábio Santos; José Welison, Ramón Martínez (Marquinhos), Luan, Cazares (Bruninho) e Otero; Di Santo (Ricardo Oliveira). Técnico: Vagner Mancini.
ÁRBITRO - Jean Pierre Gonçalves Lima (RS).
CARTÕES AMARELOS - Fábio Santos (Atlético-MG); Henrique (Cruzeiro).
RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.
LOCAL - Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG).

Por Pery Negreiros, especial para AE
Estadão Conteúdo

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