Vestindo um fraque estampado com araras, tucanos, folhagens e flores, quase um “lorde tropical”, abriu a noite com uma longa introdução instrumental de “Funeral for a friend/Love lies bleeding”. O primeiro da série de 24 de seus “hits definitivos” apresentados ao longo de duas horas.
O cantor "voa" sobre o seu piano |
Por trás dos óculos de lentes roxas, com as iniciais “EJ” cravejadas de diamantes, dava até para ver os olhinhos de satisfação do cantor com tanta devoção dos fãs brasileiros.
Mão gordinha
“Believe” e “Levon” foram dois pontos altos da apresentação. Além de sinalizar que a voz do cantor continua impecável após 40 anos de carreira, mostrou que ao piano difícil quem tenha a destreza de Elton John.
“Olha a mão gordinha dele”, apontou a estudante paulistana Luciana Cardoso Bôas, de 18 anos, no momento em que um dos dois telões mostrou um close das mãos do “sir” ao piano. “Sou fã dele desde a música da princesa”, contou.
A “música da princesa”, “Candle in the wind”, homenagem póstuma do cantor à amiga Lady Di, foi a última do conjunto de baladas que nortearam o show. A deixa para o Anhembi virar pista de dança veio com “Bennie and the jets”, seguida por “Sad songs (Say so much)”, “Crocodile rock” e “I’m still stading” e “Saturday night´s alrigth for figthing”.
Na sequência festeira que encerraria a noite era possível ver o público imitando a dancinha que Elton John fazia no palco, num dos poucos momentos em que saiu da beira do piano. Empolgado, dava socos no ar e aplaudia, como quem anima uma grande torcida – no caso, por ele mesmo.
“Para mim, Elton John é balada romântica, música lenta”, avaliava o médico gaúcho Gorki Grinberg, de 39. “’Sacrifice’ é a mais linda do repertório dele”.
Mas “Sacrifice” já tinha sido executada. Então, para terminar a noite em clima do romantismo, “sir” voltou ao palco e cantou “Skyline pigeon” e “Your song”. “Ah, Brasil, São Paulo, como sempre, obrigada. Vocês são amor e felicidade”, agradeceu.
Fonte:G1