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Retirada dos floristas da margem do Poti é discutida na Câmara

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A permanência de 51 floristas dos Shopping da Natureza, localizados às margens do Rio Poti em Teresina foi tema de audiência pública na Câmara de Teresina nesta quinta-feira (21). Dezenas de permissionários ocuparam as cadeiras dos vereadores com flores, faixas e cartazes defendendo que as lojas continuem onde estão. 

Alegando dano ao meio ambiente, uma ação do centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente, da 30ª Promotoria, requer desde setembro de 2017, a demolição da estrutura dos boxes de comercialização dos shoppings da Natureza I, II e III nas avenidas Marechal Castelo Branco e Raul Lopes. A ação também pede um projeto de recuperação das áreas degradadas e replantio de vegetação nativa da mata ciliar além de realojar os comerciantes. 

A Secretaria Estadual de Transporte, órgão responsável pela construção da Ponte do Meio, na Ponte Juscelino Kubitcheck, realojou os permissionários em 2011 que antes funcionavam debaixo da ponte para as margens do rio. 

O arquiteto da Setrans, Vicente Franco, explica que a ideia que era provisória foi bem aceita pelos floristas, que hoje querem permanecer no local. "De início, a gente acredita que o espaço que eles ocupam hoje é o melhor local. A gente tem tanto um projeto para eles permanecerem lá, respeitando ainda mais o meio ambiente, como caso a Justiça decida pela retirada. Vamos fazer todo um estudo para a implantação de educação ambiental respeitando as leis de meio ambiente ", garante o arquiteto. 

A alça da ponte JK e o Parque Poticabana seriam alternativas de locais para os floristas. Segundo o arquiteto da Setrans, a Poticabana não comportaria todos os 51 lojistas. 

Florista há 16 anos, a idosa Bete Sousa, 63 anos, diz que o local é o mais apropriado. "Lá é movimentado e é onde temos nossos clientes. Se sairmos de lá vamos ter prejuízo. Lá ajudamos a preservar. É de lá que eu tiro o sustento da minha família, eu, meu marido, minha filha e uma neta", conta a lojista. 

Um dos proponentes da audiência na Câmara, Dudu defende que os permissionários permaneçam no local. 

"As áreas sugeridas não são atrativas. Não há depredação do meio ambiente e não há nenhuma causa que o meio ambiente seja agredido. Ao contrário, eles ajudam é a preservar. Além de abrir as portas para universidades e escolas os permissionários estão se colocando a disponibilizar plantas para reflorestamento da cidade", disse o vereador. 

A ação é assinada pela coordenadoria de perícias e parecer técnicos do MP, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam). 

O Ministério Público foi convidado para a audiência mas nenhuma representante compareceu.

 

Valmir Macedo
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