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Igreja Renascer tem que entregar plano de demolição hoje

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A Igreja Renascer se comprometeu a apresentar até as 15 horas desta quarta-feira, 21, um plano de demolição das paredes do templo da Avenida Lins de Vasconcelos, parcialmente destruído no desabamento ocorrido no domingo. O acordo foi assinado na noite da terça, durante reunião entre a promotora de Justiça Mabel Tucunduva, da Promotoria de Habitação e Urbanismo do Ministério Público Estadual, e representantes da igreja (o bispo Geraldo Tenuta Filho, presidente da Renascer, e o advogado Roberto Ribeiro Júnior) e da Prefeitura (o subprefeito da Sé, Amauri Luiz Pastorello).
 

Até agora, três dias depois do acidente, peritos do Instituto de Criminalística (IC) ainda não puderam inspecionar os destroços e nem recolher fragmentos da estrutura de sustentação do telhado porque há risco de novos desabamentos. Antes de ser executado, o plano de demolição deverá ser submetido à promotora e à Subprefeitura da Sé. A ideia é que os trabalhos comecem na quinta-feira, 22.

Também na quinta-feira, a promotora pretende ouvir o diretor do Departamento de Controle do Uso de Imóveis (Contru), Vagner Monfardini Pasotti. Ela quer saber como se deu o processo de revalidação da licença de funcionamento do tempo, expedida em julho do ano passado, e esclarecer a informação de que o Corpo de Bombeiros não teria dado seu parecer liberando o imóvel.
 

Fiéis foram atingidos na tarde do último domingo

Das oito residências interditadas pelo Contru, três pertencem à Renascer. Das cinco restantes, três famílias estão alojadas no Hotel Comfort, na Vila Mariana, uma está na casa de parentes e a outra, viajando. O engenheiro David Gomes, de 40 anos, está hospedado em hotel e foi ontem à vila para buscar mais informações. Ele mora na casa de número 33 há mais de 20 anos. "Minha vida está à mercê da Igreja contratar a empresa de engenharia. Não há mais vítimas no local. Acredito que a prioridade agora seja a liberação das casas", diz.

No momento do acidente, Gomes estava chegando do litoral, onde a mulher e o filho passam as férias. Parte da parede pendente caiu sobre a edícula, nos fundos de sua casa. Por sorte, ele conseguiu salvar o cachorro. Para resolver a situação, não tem trabalhado desde então. "Por enquanto, não sei de nada: quanto tempo vou ficar no hotel, se serei ressarcido", diz, lançando um olhar às casas interditadas por uma faixa amarela.

 

Fonte: Estadão

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