Até agora, três dias depois do acidente, peritos do Instituto de Criminalística (IC) ainda não puderam inspecionar os destroços e nem recolher fragmentos da estrutura de sustentação do telhado porque há risco de novos desabamentos. Antes de ser executado, o plano de demolição deverá ser submetido à promotora e à Subprefeitura da Sé. A ideia é que os trabalhos comecem na quinta-feira, 22.
Fiéis foram atingidos na tarde do último domingo |
Das oito residências interditadas pelo Contru, três pertencem à Renascer. Das cinco restantes, três famílias estão alojadas no Hotel Comfort, na Vila Mariana, uma está na casa de parentes e a outra, viajando. O engenheiro David Gomes, de 40 anos, está hospedado em hotel e foi ontem à vila para buscar mais informações. Ele mora na casa de número 33 há mais de 20 anos. "Minha vida está à mercê da Igreja contratar a empresa de engenharia. Não há mais vítimas no local. Acredito que a prioridade agora seja a liberação das casas", diz.
No momento do acidente, Gomes estava chegando do litoral, onde a mulher e o filho passam as férias. Parte da parede pendente caiu sobre a edícula, nos fundos de sua casa. Por sorte, ele conseguiu salvar o cachorro. Para resolver a situação, não tem trabalhado desde então. "Por enquanto, não sei de nada: quanto tempo vou ficar no hotel, se serei ressarcido", diz, lançando um olhar às casas interditadas por uma faixa amarela.
Fonte: Estadão