Com a chegada do período letivo, a Prefeitura de Teresina está procurando soluções para realizar matrículas das crianças venezuelanas que atualmente residem na capital. De acordo com o secretário de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), Samuel Silveira, o poder municipal já está discutindo um planejamento e admite que pretende acabar com a presença dos venezuelanos nas ruas de Teresina.
''Já estamos articulando um diálogo com a Semec, mas a dificuldade ainda é questão do idioma e da disposição dos pais dessas crianças em permitir'' , contou o secretário.
Atualmente, os venezuelanos estão abrigados em duas unidades, uma no bairro Poti Velho, no centro Piratinga, e outra no no antigo CSU do bairro Buenos Aires.
A unidade Piratinga no bairro Poti Velho já está com uma média de 60 venezuelanos. Nos abrigos eles têm alimentos e local para dormir, mas ainda faltam coisas básicas, como material de higiene e limpeza.
Nas ruas da capital se tornou comum encontrar alguns deles pedindo dinheiro nos sinais.
A maioria dos valores que eles arrecadam nos sinais é enviado aos que ficaram no país de origem, a Venezuela, que atualmente sofre com a crise econômica.
Os voluntários explicam que tentam conscientizá-los, mas nem sempre tem sucesso. '' A gente conversa sobre essa questão que não é permitido, eles têm esse entendimento, mas eles questionam também a gente. Se a gente não levar as crianças, onde vamos deixar essas crianças?'', contou a voluntária Luciana Fontes.
No abrigo do bairro Poty Velho,são ao todo quase 30 crianças, e a maioria está em idade escolar. Em entrevista ao Jornal do Piauí, os voluntários ressaltaram a discussão de um plano que contemple a educação e mantenha as tradições culturais da Venezuela.
''Queremos uma possibilidade viável para tratar questão da educação para essas crianças que são estrangeiras e indígenas, com uma construção de um plano político pedagógico junto da secretaria de educação'', explicou a voluntária.
Yasmim Cunha com informações do Jornal do Piauí (especial para o Cidadeverde.com)
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